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Meio Ambiente prioriza implantação do Silam

Secretário Canela está empenhado em concluir as obras do aterro sanitário

Advogado Cristovam Lages Canela, mestre em Direito Público, foi renomeado secretário de Meio Ambiente, pela experiência comprovada no primeira mandato -
Advogado Cristovam Lages Canela, mestre em Direito Público, foi renomeado secretário de Meio Ambiente, pela experiência comprovada no primeira mandato -

Cristovam Lages Canela, 60 anos, bacharel em Letras e Direito, com especialização em Processo Civil e Direito Civil e ainda mestre em Direito Público, foi nomeado secretário de Meio Ambiente para o segundo mandato da prefeita Simone Tebet. No primeiro mandato, foi secretário de Indústria, Comércio, Turismo e Meio Ambiente. Com a junção de algumas secretarias, Cristovam Canela assumiu a pasta do Meio Ambiente, Agronegócios e Pecuária, novamente desmembrada na atual estrutura administrativa.
Apesar de ser o presidente do Diretório Municipal do PSDB, partido historicamente aliado ao PMDB, em Três Lagoas e no Mato Grosso do Sul, Cristovam Canela faz questão de dizer que foi escolhido, não pelo “vínculo partidário, mas pelos resultados positivos do seu trabalho e pela responsabilidade demonstrada no primeiro mandato da prefeita Simone Tebet”.
Em entrevista ao Jornal do Povo, Cristovam Canela falou ontem (13) das prioridades de sua Secretaria, além das atividades e finalidades específicas que lhe são atribuídas nos artigos 40 e 50 da Lei da Estrutura Administrativa da Prefeitura de Três Lagoas.

JP: Quais as prioridades da secretaria de Meio Ambiente para este ano?

Canela: São muitas as atribuições e competências da Secretaria de Meio Ambiente, conforme estão relacionadas nos artigos 40 e 50 da Estrutura Administrativa da Prefeitura de Três Lagoas. Quando se fala em meio ambiente é amplo e diversificado o trabalho. No entanto, temos várias prioridades imediatas, como a implantação do Silam (Sistema de Licenciamento Ambiental Municipal) e incrementar a aplicação da lei que instituiu o Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil. O crescimento urbano e o incremento da construção civil exigem a aplicação dessa lei. A médio prazo, temos a conclusão do Aterro Sanitário, cujas obras está praticamente concluídas. Faltam ainda alguns detalhes no setor de destinação de resíduos domésticos e resíduos hospitalares.

JP: O que será feito especificamente para o cumprimento dessa lei dos resíduos da construção civil?

Canela: Para o reaproveitamento dos resíduos da construção civil, o problema está praticamente solucionado. Temos apenas que intensificar a fiscalização do uso adequado de caçambas e o destino que é dado aos resíduos. Para facilitar, o Município acaba de ceder uma área para uma indústria que irá reaproveitar os resíduos da construção civil. A Secretaria de Meio Ambiente não está tão somente preocupada em dar destino adequado aos resíduos, mas deve empenhar-se, principalmente, no reaproveitamento dos resíduos. Temos que pensar, por exemplo, em como reaproveitar também as galhadas de árvores para transformá-las em adubo orgânico e também os pneus para asfalto ecológico.

JP: Quanto ao Silam, que o senhor tanto se empenhou para a Câmara Municipal aprovar a Lei, o que ainda falta para começar a funcionar?

Canela: Demorou a tramitação desse Projeto de Lei na Câmara, mas, finalmente foi aprovado, no finalzinho da Legislatura passada. Esta é uma Lei muito importante para o Município para agilizar o processo de licenciamento ambiental de pequenos e médios empreendimentos, sem necessidade de recorrer à Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Para tanto, precisamos ainda postular, através de um instrumento específico, o convênio com o governo do Estado. Falta também ainda a regulamentação da Lei Municipal, através de um Decreto-Lei. Deverá ser também criado um órgão colegiado de entrância deliberativa para análise recursal de questões de meio ambiente. Para isso, temos o Conselho Municipal de Meio Ambiente, já constituído.

JP: Na secretaria de Meio Ambiente consta o Departamento de Preservação e Licenciamento Ambiental. Ainda não foi nomeado o diretor ou diretora desse departamento?

Canela: A escolha e a nomeação são de responsabilidade da prefeita Simone Tebet. Concordo com ela, quando comentou que temos que, primeiramente, regulamentar a Lei do Silam e firmar convênio com o governo do Estado. Tudo isso deverá estar pronto até meados de março. Feito isso, será escolhido e nomeado o diretor desse Departamento e formada a sua equipe de trabalho. Para isso, serão levados em consideração vários critérios de avaliação. Além da competência e formação técnica, a direção do Silam deve estar nas mãos de pessoal de comprovada idoneidade moral e ética. Sabemos que será grande a sua responsabilidade e que poderá estar sujeito a todo o tipo de assédio e oportunidades de corrupção. Isso não deverá e não poderá acontecer. Esse departamento terá, entre outras atribuições, a responsabilidade e incumbência de criar um eficiente sistema de fiscalização ambiental.

JP: Para executar todas as atribuições da secretaria de Meio Ambiente, o senhor conta com quantos funcionários?

Canela: Em determinados serviços, contamos com a parceria e apoio de outras Secretarias, como a de Obras. Nossa equipe ainda é reduzida, porque não foi ainda nomeado o pessoal do Departamento de Preservação e Licenciamento Ambiental. Por enquanto, contamos com 13 funcionários e dois estagiários, já incluindo os lotados no viveiro de mudas e na equipe de preservação de áreas verdes, que cuida do plantio de árvores e irrigação de jardins.