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Três Lagoas

Metade do Cinturão Verde é improdutiva

Beneficiários que não produzem podem ser obrigados a sair, alerta diretor

Dona Maria da Cruz é uma das que usufruem da área e vendem a produção para a merenda escolar - Ana Cristina/JP
Dona Maria da Cruz é uma das que usufruem da área e vendem a produção para a merenda escolar - Ana Cristina/JP

O Cinturão Verde de Três Lagoas é composto por 170 lotes, mas metade é improdutiva, segundo o diretor do Departamento de Agronegócios da prefeitura da cidade, Renato Carrato.
Por isso, o departamento,  o Ministério Público Estadual e uma comissão criada para discutir a ocupação do terreno vão pedir a reintegração de lotes improdutivos. 
De acordo com o diretor, os contratos de ocupação não exigem produção, como determina um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado em 2012, entre o Ministério Público e moradores do local.
“Conforme os contratos vencem, pedimos à Justiça a reintegração, além de incentivar  as pessoas a produzirem”, destacou. O TAC dá prazo de um ano para usuários sobreviverem exclusivamente da produção. 
O cinturão ainda dispõe de  um trator, com custo subsidiado de R$ 73 por hora de uso e se enquadra no Projeto Pais  (Produção Agroecológica Integrada e Sustentável), do Sebrae.
Mas, se por um lado há lotes improdutivos, por outro há os que cumprem a finalidade. É o caso do terreno de Maria Rodrigues da Cruz. “Eu tenho pequi, guavira, coco, manga, limão, jabuticaba, a horta. De tudo eu tenho um pouco”, conta.
Dona Maria entrega a produção para a merenda escolar da cidade e ainda recebe por isso. Para ela, o projeto daria resultados melhores se fosse ocupado na totalidade “por quem tem vontade de trabalhar”.