A ponte rodoviária sobre o rio Paraná, que interliga Três Lagoas a Castilho (SP), está pronta e deve ter a data de inauguração definida nos próximos dias, de acordo com a agenda do presidente da República, Michel Temer (PMDB), do ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintela, e de outras autoridades, segundo o Ministério dos Transportes.
Os acessos à ponte foram concluídos e sinalizados, prontos para serem utilizados para travessia entre os estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo. Assim, todo o tráfego será retirado da passagem sobre a hidrelétrica Jupiá.
A construção foi autorizada em junho de 2011. Mas teve obras iniciadas no ano seguinte e, após duas décadas de espera por três-lagoenses. O processo de início da construção também é longo. Em 2000, a empreiteira Camargo Corrêa venceu uma licitação para a construção. No entanto, nem chegou a iniciar a obra porque queria uma antecipação de recursos. O orçamento original foi fixado em R$ 37 milhões.
O anúncio da construção foi feito em Três Lagoas durante a inauguração do anel viário Samir Thomé pelo ex-ministro dos Transportes, Eliseu Padilha e pelo ex-senador Ramez Tebet.
Em 2010, de acordo com o engenheiro do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) de Três Lagoas, Milton Rocha Marinho, foi aberta nova licitação para a contratação de empresa interessada em executar o serviço. Em junho de 2011, o governo federal autorizou o início das obras.
A previsão era de que a obra fosse inaugurada em abril de 2015, no entanto, em razão da necessidade de revisão do projeto, bem como devido ao bloqueio de recursos pela Justiça, e devido às chuvas, houve um atraso no cronograma. Ainda segundo Marinho, o projeto era de 1999, por isso houve a necessidade de ser atualizado. No projeto inicial, estava prevista a construção de uma pista simples, com a readequação, foi ampliada. “Somente essa revisão no projeto levou nove meses para ser aprovada. Mas, foi necessária, pois haverá fluidez no trânsito, já que nos acessos, haverá uma faixa exclusiva para os veículos pesados”, destacou.
IMPORTÂNCIA
Para o engenheiro do Dnit, a obra representa muito para o sistema viário, uma vez que não haverá mais a necessidade dos veículos transitarem pela barragem de Jupiá, que é considerado um empecilho para o desenvolvimento de logística. Para atravessar o rio pela barragem, de acordo com o engenheiro, dependendo da quantidade de veículos, em especial os pesados, pode levar até 30 minutos. “Com a ponte não vai haver essa demora”, destacou.
A ponte – que custou pouco mais de R$ 117 milhões – possui pista simples, com três faixas, sendo uma adicional para carretas e caminhões, com 1.344 metros de extensão e 6.648 metros de acessos pavimentados. Pelo lado de São Paulo, o acesso começa na rotatória de início da rodovia Marechal Rondon (SP-300) e, por Três Lagoas, sai na rotatória próxima ao antigo prédio da Delegacia da Polícia Rodoviária Federal, no início da BR-262.