O desemprego no país e o anúncio de novas oportunidades de trabalho em Três Lagoas, tem aumentado o número de migrantes na cidade. Por dia, a cidade recebe ao menos quatro pessoas sem condições financeiras, vinda de outras localidades em busca de novas oportunidades de trabalho. Os dados não incluem as pessoas com condições financeiras que também vêm para o município em busca de trabalho.
Somente em janeiro, o 201 pessoas foram atendidas no Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP), mantido pela Secretaria de Assistência Social. O número equivale a quase sete pessoas atendidas por dia na unidade, que auxilia migrantes sem condições de pagar hospedagem em hotel ou sem dinheiro para alimentação.
Em todo o ano de 2015, o Centro POP realizou 1.362 atendimentos. Ou seja, por mês a unidade atende mais de 100 pessoas. Do total de atendimentos do ano passado, 404 foram para fornecimento de passagens de ônibus a pessoas retornarem aos seus locais de origem e, apenas 13 inseridas no mercado de trabalho.
Dos 201 atendimentos prestados somente em janeiro deste ano, 81 foram de inserção de pessoas em empresas. “Esse ano já conseguimos inserir um número maior de migrantes no mercado de trabalho”, destacou a diretora do Departamento de Proteção Social Especial da Secretaria de Assistência Social, Mara Carrara.
Ainda de acordo com a diretora, somente no ano passado, a unidade realizou 771 atendimentos a pessoas em situação de rua. Ou seja, não são moradores de rua, apenas por algum motivo, estão nesta situação. Muitas são pessoas que vêm em busca de trabalho, às vezes, não consegue emprego, ficam sem dinheiro, e acabam ficando na rua. “O Centro POP fornece passagens para essas pessoas retornarem as suas cidades, ou, às vezes, consegue inseri-las no mercado de trabalho. Providenciamos documentos também, alimentação, enfim, o atendimento que elas necessitam”, comentou.
Mara destacou que é importante o trabalho prestado pelo Centro POP, para evitar novos moradores de rua em Três Lagoas.
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TRABALHADORES
Além das pessoas que procuram o Centro de Referência, Três Lagoas recebe ainda muitos trabalhadores de outras regiões, que vêm para a cidade em busca de trabalho. Nos últimos meses é comum chegarem trabalhadores, principalmente do Nordeste, nas agências de emprego. Muitos não possuem definição de vaga, alugam residências em grupo, à espera de uma oportunidade.
Muitos reclamam de dificuldades para conseguir emprego. Da mesma forma, trabalhadores três-lagoenses reclamam que as empresas dão maiores oportunidades a trabalhadores de fora.
