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Três Lagoas

Ministério abate 1,6 mil bovinos por uso de ração animal em TL

A ingestão de ração elaborada com proteínas e gorduras oriundas de animais é proibida no Brasil e em vários países do mundo

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento fará a partir de amanhã o abate sanitário de 1,6 mil bovinos de uma propriedade de confinamento em Três Lagoas. Segundo o Ministério divulgou, os animais foram interditados e serão abatidos porque estavam sendo alimentados com ingredientes de origem animal, o que não é permitido.

A irregularidade foi flagrada por fiscais agropecuários da Iagro (Agência de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) e da Superintendência Federal da Agricultura há mais de 30 dias. O proprietário do estabelecimento foi multado e houve a determinação de abate dos bovinos. O valor da multa não foi divulgado.

Amostras da ração que estava no cocho dos animais foram coletadas e encaminhadas para o Laboratório Oficial do Ministério da Agricultura, que comprovou a utilização de ingredientes de uso proibido. Nesses casos a legislação determina o abate sanitário dos animais e multa para o proprietário.

A ingestão de ração elaborada com proteínas e gorduras oriundas de animais é proibida no Brasil e em vários países do mundo, por ser uma das principais fontes de transmissão da doença Encefalopatia Espongiforme Bovinaconhecida mundialmente como a doença da vaca louca. Por esse motivo, em 1996, foi proibido o uso da proteína e da farinha de carne e ossos proveniente de ruminantes na alimentação desses animais.

Os abates serão realizados em estabelecimentos frigoríficos sob Inspeção Federal e terão o acompanhamento de fiscais federais agropecuários do Ministério da Agricultura. Esses abates serão parcelados em lotes de 300 ou 400 animais, dependendo da capacidade de abate dos frigoríficos indicados pela SFA.