O Misto Esporte Clube não irá disputar o Campeonato Estadual na temporada 2015. Em uma reunião, realizada na noite de ontem, a diretoria decidiu abandonar a competição por motivos financeiros. As despesas totalizaram R$ 417,6 mil, porém, o time só tem R$ 260 mil em caixa. A diretoria diz que apenas um “milagre” de uma doação de R$ 100 mil para manter o time no campeonato.
Na noite desta segunda-feira a diretoria reuniu-se para realização do planejamento financeiro da temporada 2015. As despesas do Carcará somaram R$ 417, 600 mil. Com orçamento pequeno, o clube abandona o campeonato para não ficar endividado.
Após muita polêmica e incertezas, o clube conseguiu, através do clube de futsal de Três Lagoas, o repasse de R$ 200 mil da Prefeitura. Com mais R$ 60 mil de patrocínio, o clube tem em caixa R$ 260 mil.
De acordo com o presidente do Misto, Antônio Carlos Teixeira, era previsível que o clube não disputasse o campeonato. “Não existe possibilidade de disputar um campeonato de Série A com o valor que temos em caixa. Era quase que previsível. É lamentável uma cidade do porte de Três Lagoas não ter representatividade no esporte que representa o povo brasileiro”.
Para que Misto não saia do campeonato depende de um aporte financeiro de R$ 100 mil. “Antes de tomarmos essa decisão, eu conversei com muitas pessoas, tentei de todas as formas para que o Misto continuasse no campeonato. Agora, para que a diretoria volte atrás, só um milagre no valor de R$ 100 mil. Essa quantia já ajudaria, pois, o restante conseguiríamos levantar com arrecadações de jogos”.
O que realmente pesa orçamento do clube, de acordo com o presidente, são as filiações. Cada atleta contratado de outro estado é contabilizado em R$ 2,100 reais. No valor estão incluídas as filiações da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na Federação de Futebol do Mato Grosso do Sul (FFMS) e a filiação na federação do estado de origem. Já os atletas estaduais, são orçados em R$ 1,400 mil. Para a temporada toda, apenas os atletas, iriam totalizar R$ 63 mil para 30 jogadores.
Como explica o presidente, 30 jogadores é a média por temporada. “Toda temporada trabalhamos com esse número. Não há tempo para que o atleta recupere de uma lesão e volte a jogar, portanto, ele é substituído”.
Segundo Teixeira, a CBF passou a cobrar a partir deste ano este valor para filiação, o que quebrou o orçamento já existente, motivando a desistência.
COMO FICA?
O presidente garantiu que os jogadores receberão as passagens para voltarem para os estados de origem e que receberão os dias que ficaram em Três Lagoas.
A FFMS pode penalizar o clube e deixa-lo fora da competição por dois anos.
O Misto iria estrear no campeonato no dia 1º de fevereiro contra o Serc.