A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar a morte de Gilberto Neves da Silva Santos, de 30 anos. O corpo da vítima foi encontrado por moradores às 8h40 de ontem, em um terreno baldio na Esplanada da NOB, já em estado avançado de decomposição.
O caso chegou ao conhecimento da polícia depois que um morador, incomodado com o mau cheiro há alguns dias, foi verificar o que havia em um matagal existente naquela região e encontrou a vítima. Ele chamou a Polícia Militar, que preservou a área até a chegada da Polícia Civil.
Conforme o delegado Orlando Sacchi, da 3ª Delegacia de Polícia e que esteve no local, o corpo foi reconhecido por familiares de Santos. A vítima estava desaparecida desde o dia 2 deste mês, data em que foi registrado o boletim de ocorrência também pela 3ª DP. “À Polícia, os familiares contaram, na época, que Santos havia saído de casa para ir a um bar e não retornou mais”, completou.
O delegado explicou que, por conta do estágio avançado em que o corpo foi localizado, a polícia não confirma e nem descarta a possibilidade de um assassinato. “Precisamos do laudo pericial para identificar as causas da morte. Não podemos, nesse momento, dizer se óbito foi causado ou não por morte natural ou possível homicídio. Por enquanto, nenhuma hipótese está descartada”, esclareceu.
O tempo em que o corpo permaneceu no terreno baldio deverá ser apontado também pelos exames periciais. No entanto, o delegado Sacchi estima, pelo estado em que foi encontrado, que Silva estaria morto há pelo menos dez dias.
No local, os policiais ainda encontraram preservativos lacrados, o celular e fones de ouvido da vítima, o que faz com que a polícia descarte, em um primeiro momento, a possibilidade de latrocínio (roubo seguido de morte). A vítima também estava com a calça abaixada, mas vestido com a roupa íntima.
O delegado informou também que, a princípio, a vítima não tinha inimigos e nem havia registrado qualquer briga recente. Além disso, ele não tinha passagens pela polícia. O inquérito será presidido pelo delegado Alessandro Rogério Capobianco, da 3ª DP, e a investigação contará com o apoio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG). “A perícia possui até 30 dias para emitir o laudo sobre o caso. Mas a expectativa é que as causas da morte sejam conhecidas pela polícia dentro de 20 dias”, concluiu Orlando Sacchi.
