Considerado um dos mais importantes cartunistas brasileiros, Antonio Carlos Nicoliélo, jornalista e artista plástico, formado em Direito, profissão que não quiz exercer, morreu no último domingo (26), aos 74 anos.
Nicoliélo já teve suas charges publicadas em mais de 150 jornais do Brasil de grande circulação, como Folha de São Paulo,entre outros e até no exterior, com trabalhos feitos para a revista alemã Pardon, além de ter recebido prêmios representativos na Bulgária e na Suécia.
Foi afiliado ao New York Times Syndicate, que distribuiu seus desenhos para mais de 150 publicações em todo o mundo. Colaborou ainda com os jornais onde começou sua carreira profissional, Jornal da Cidade de Bauru, Folha da Região de Araçatuba e Jornal do Povo de Três Lagoas, onde residiu, antes de mudar-se para Nova Europa, no interior de São Paulo, onde nasceu.
Conhecido por suas charges políticas, Nicoliélio já teve três livros publicados na década de 70 e participou de exposições coletivas e individuais em espaços como MASP, em São Paulo, e Galeria Lafayette, em Paris.
Nicoliélo gostava de mato, rio, pescaria e de viajar pelo Brasil levando sua arte, a qual ele mesmo definiu como sendo de estilo “pueril lúdico”.
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Com o estreitamento do espaço para as charges na imprensa o artista passou a se dedicar cada vez mais às artes plásticas criando o projeto de intervenção urbana “L’Arte é Mobile” para levar arte ao interior do país. Ele tinha um pequeno trailer, carregado com cavaletes, telas e materiais de pintura que levava até uma praça onde os trabalhos eram expostos. Era um excelente artista plástico, que todos exautava com seus quadros, que espelhavam a sua sensibilidade para com a arte de pintar.
Ele deixa as filhas Isabel e a médica Helena Nicoliélo, que mora em Três Lagoas, netos e genro.
