João Victor Silvestre de Azevedo Leite, filho da massagista Clarice Silvestre de Azevedo, de 44 anos, que confessou ter matado a facadas o chargista Marco Antônio Rosa Borges, de 54 anos, revelou ter ajudado a mãe e esquartejado o corpo da vítima. Segundo o delegado da Delegacia de Repressão aos Crimes de Homicídios, Carlos Delano, o rapaz de 21 anos chegou à casa onde o artista já estava morto sem saber do crime.
“Após o crime cometido, um dos filhos dela, de 21 anos, foi chamado e a pedido da mãe, cortou o cadáver em pedaços. Eles colocaram as partes em malas e levaram até o local onde foi encontrado”, explicou o responsável pelo caso.
Ainda segundo o delegado, a vítima morreu por volta de 8h da manhã e o processo de esquartejamento foi feito no início da noite.
No intervalo entre a morte e a separação dos membros, Clarice foi a um bar e depois do almoço comprou todos os materiais utilizados para embalar o corpo já desmembrado. Depois de finalizar o processo, de maneira minuciosa, mãe e filho colocaram os restos mortais em sacolas de lixo e depois, em três malas.
Com o corpo da vítima pronto para a desova, a massagista chamou uma conhecida para leva-la até o local onde o cadáver foi encontrado. Ela pagou R$ 70 pela corrida. De acordo com o responsável pelo inquérito, a condutora procurou a polícia e demonstrou não saber do que se tratava ser o conteúdo das malas.
“Enquanto estávamos buscando por informações, ele se apresentou à Delegacia e mostrou conversas de WhatsApp demonstrando, em primeira análise, que não sabia do crime. Ela acreditava se tratar de roupas”, afirmou o delegado.
À Rádio CBN Campo Grande, o delegado afirmou que a suspeita demonstrou estar arrependida do crime. Ela chorou várias vezes durante o depoimento. Na confissão, Clarisse contou que os dois mantinham relacionamento há nove meses, mas que o chargista não queria assumir o namoro. O artista teria publicado uma foto com outra mulher nas redes sociais, um dia antes do crime, o que teria causado ciúmes e motivou o assassinato. A mulher contou à polícia que, na manhã de sábado (21), ele foi até a residência, onde discutiram. “Ele teria desferido um tapa no rosto dela, por isso ela o empurrou da escada e o esfaqueou”, disse o delegado.
DESAPARECIMENTO
Desaparecido desde o último sábado (21), o corpo do chargista foi encontrado por equipes da Polícia Civil na tarde de terça-feira (24) em um terreno de uma casa abandonada na rua Nova Europa, no bairro Jardim Corcovado, em Campo Grande.
Os restos mortais estavam dentro de três malas que foram queimadas. Segundo depoimento da suspeita, ela decidiu atear fogo em razão da grande movimentação de vizinhos no local. O plano inicial era enterrá-las. A polícia deve concluir o inquérito na próxima semana.