Um motorista embriagado, de 38 anos, acabou sendo linchado por populares na noite desta terça-feira, 13, após se envolver em acidente na Vila Haro e omitir socorro a vítima, um motociclista de 24 anos.
Conforme dados do Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac), por volta das 23h35 desta terça, uma guarnição da Polícia Militar foi acionada para atender acidente de trânsito com vítima no cruzamento das ruas Rafael de Haro e Santa Branca.
O motorista de um Gol prata, com placas de Goiânia (GO) colidiu com a motocicleta Honda Tornado vermelha, placa de Três Lagoas, conduzida pelo rapaz de 24 anos.
Os socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) prestaram atendimento ao motociclista que teve diversas escoriações nos braços, pernas e tórax, além de fratura exposta na perna esquerda. Ele, que não apresentava sinais de embriaguez, foi encaminhado ao Hospital Auxiliadora, ficando sob cuidados médicos.
Ele informou aos policiais militares que trafegava pela rua Rafael de Haro, sentido bairro Santa Terezinha/saída para Campo Grande e, quando no cruzamento com a rua Santa Branca ocorreu a colisão com o Gol que vinha pela mesma via que ele, porém em sentido contrário. Segundo a vítima, o motorista do carro cruzou na frente da moto para entrar na rua Santa Branca, sentido bairro Jardim Maristela, momento em que aconteceu o acidente, deixando ambos os veículos danificados.
Momentos após a colisão, a PM recebeu nova ligação sendo informada que, à cerca de 500 metros do local da colisão dos veículos, na rua Luis Spinelli, bairro Santa Terezinha, o condutor do Gol estava sendo linchado e seu carro danificado.
Ao chegarem no endereço citado, os policiais encontraram diversas pessoas na rua e o Gol completamente destruído, com todos os vidros quebrados e a lataria amassada. No interior do carro havia alguns blocos de argila e várias pedras, além do motorista que apresentava escoriações pelo corpo e ensanguentado.
O motorista contou aos militares que fugiu do local sem prestar socorro ao motociclista porque ficou com medo de represálias e também havia ingerido bebida alcoólica. Ele apresentava odor etílico e olhos avermelhados, mas se negou a fazer o teste de alcoolemia, apesar de assumir o consumo. Foi lavrado Termo de Constatação de Embriaguez.
O motorista afirmou que não tinha condições de identificar seus agressores.