Hoje, 15 de outubro, é comemorado o Dia do Professor. E Mato Grosso do Sul tem a melhor política de valorização salarial do país para os professores. A remuneração inicial na Rede Estadual de Ensino é de R$ 8.381,63 para professor graduado com carga de 40h/aula. Nessa mesma faixa, o professor com habilitação superior, sem nenhum adicional ou gratificação, pode atingir salário de R$ 12.237,18 na evolução da carreira e atingir vencimento de 17.132,05 no topo com a soma dos adicionais por tempo de serviço. O piso salarial para 20h/aula é R$ 5.149.
A posição de liderança do Estado no ranking nacional de remuneração do professor foi confirmada pelo Instituto Península, em estudo comparativo encaminhado às secretarias Estaduais de Educação. O levantamento corresponde à tabela salarial divulgada pela Federação dos Trabalhadores em Educação (Fetems).
Para a coordenadora regional de educação de Três Lagoas, Marizeth Bazé, é merecida essa valorização salarial, mas destacou que há muito o que se conquistar ainda. “Essa é uma profissão envolvente, tem que gostar muito, mas é preciso ser mais reconhecido e valorizado”, destacou. Segundo ela, é preciso evitar, por exemplo, que o professor leve trabalho para casa.
Bazé destacou ainda que devido ao salário pago em Mato Grosso do Sul, muitos professores de outros estados têm prestado concurso aqui.
Para a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinted), de Três Lagoas, Maria Diogo, a valorização salarial é fruto de luta sindical. “Estamos em 2022, um ano de muitas lutas pela manutenção dos direitos conquistados ao longo dos anos, mas é um dia de esperança em dias melhores para o magistério público do Brasil. Momento de escolhermos o projeto que trará investimentos e avanços para a educação pública. Assim como no Mato Grosso do Sul e em Três Lagoas, a política de piso para 20 horas vem ano a ano valorizando nossa carreira, fruto da nossa luta sindical. É importante que a luta seja cotidiana contra a retirada de direitos. Lutar sempre. Desistir jamais!”, destacou.
AFASTAMENTO
Apesar da valorização salarial, infelizmente, muitos problemas ainda são registrados em salas de aula. Segundo Marizeth Bazé, em Mato Grosso do Sul, 30% dos profissionais em educação estão afastados por doenças que adquiriram no exercício da profissão. “Têm muitos profissionais com síndrome do pânico , depressão, entre outras doenças adquiridas em sala de aula”, destacou Bazé.
A coordenadora informou que no Estado foi criado o Programa de Desenvolvimento de Competências Socioemocionais intitulado “Diálogos Socioemocionais”, para ajudar no enfrentamento dos problemas nas unidades escolares. Além disso, em Três Lagoas, foi implantada também a Patrulha Escolar, que ajuda a resolver os combater as diversas situações nas escolas.