Mato Grosso do Sul registrou uma queda de 14,6% no índice de homicídios dolosos – quando há intenção de matar -, entre os anos de 2011 e 2012. A redução foi apontada no estudo Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2013, divulgados oficialmente nesta terça-feira, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
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Conforme informações da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o percentual fez com que o Estado ocupasse a terceira posição entre os estados que mais reduziram a incidência desse tipo de crime, ficando atrás do Espírito Santo e Alagoas, que registraram quedas de 33% e 21,9%, respectivamente.
O estudo apontou que, em 2012, Mato Grosso do Sul registrou uma taxa de 14,9 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes, enquanto que no ano anterior, 2011, a proporção era de 17,5 mortes para o mesmo grupo.
Em nota oficial, o secretário WantuirJacini relacionou a queda ao trabalho focado na gestão e inteligência policial.
“Em janeiro de 2011 instituímos no âmbito da Sejusp o programa de Redução da Criminalidade, chamado ´Plano MS Forte Segurança, que é uma ferramenta de gestão. E a partir daí, aliados aos investimentos do governo do Estado, ampliamos a utilização do conhecimento que produzimos, por meio dos Boletins de Ocorrências gerados pelo Banco de Dados Único [Sistema Sigo], analisando dados macros e também cidade por cidade do Estado”, detalhou Jacini.
“Nossa meta é reduzir os crimes que mais afligem a sociedade, direcionando ações para combater os crimes com morte e aqueles contra o patrimônio”, concluiu o secretário.
Em Três Lagoas também houve queda de um ano para outro. Embora o Anuário não traga dados locais, levantamento feito pelo Jornal do Povo apontou que em 2012, o município havia registrado o total de 22 homicídios dolosos, uma redução de 24% em comparação ao ano anterior, quando as polícias Civil e Militar chegaram a registrar 29 crimes dessa modalidade.Do total de crimes registrados no ano passado, 12 foram praticados com arma de fogo, oito com o uso de facas e dois a pauladas – um deles foi um linchamento. O levantamento do JP mostrou ainda que a maioria das vítimas tinha passagem pela polícia e oito deles eram jovens, com idade entre 20 e 29 anos.
COMPARATIVO
Em contrapartida, a redução não foi suficiente para que o município atingisse a mesma média do Estado. Sem levar em consideração a população flutuante, em 2012, a taxa de homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes era de pouco menos de 22 – 7,4 superior à taxa registrada em Mato Grosso do Sul.
Já neste ano, de janeiro a outubro, foram 20 homicídios dolosos registrados para uma população de 109 mil habitantes, também sem contar os moradores flutuantes. O total equivale a uma média de dois crimes ao mês. Até o momento, o mês de março foi o campeão em mortes violentas, seis assassinatos ao todo. Depois dele, aparece julho, com quatro assassinatos e outubro, com três mortes. Nos meses de fevereiro, abril e setembro não houve registro de mortes violentas.
Em 2012, a média era de 1,8 homicídio/mês. Além disso, naquele ano os meses com maior número de assassinatos foram agosto e outubro, com quatro e cinco crimes cada, respectivamente. Em março, maio e junho, não houve crimes.
