Mato Grosso do Sul apresentou queda de 2,2% no rebanho de bovinos em 2021, se comparado a 2020, segundo Pesquisa da Pecuária Municipal, divulgada nesta semana pelo IBGE. Em 2021, o rebanho era de 18,6 milhões de cabeças de gado, cerca de 418 mil a menos em relação à 2020.
A queda deu continuidade à retração iniciada em 2017 e segue na contramão da produção nacional que vem na crescente desde 2019 e que em 2021 teve o maior valor já estimado pela pesquisa, superando o recorde anterior da série histórica de 218,2 milhões em 2016. Apesar da queda, Mato Grosso do Sul permanece com o 5º maior rebanho do país após perder a quarta posição em 2019.
Em Três Lagoas, em um ano houve redução de 30.749 cabeças de gado. Em 2020, eram 530.685, enquanto que, no ano passado, chegou a 499.600. Em cinco anos, o município perdeu 162.400 cabeças de gado. Em 2016, o município contabilizava um rebanho de 662 mil.
Três Lagoas chegou a ter quase um milhão de cabeças de gado, mas com a plantação de eucalipto para atender a demanda das fábricas de celulose, o rebanho bovino ficou reduzido pela metade ao longo do ano. Em 2001, o município contabilizava 917.674 cabeças de gado. Em 2004, tinha 957 mil. No ranking nacional, Três Lagoas ficou em 43º lugar.
Corumbá continuou com o segundo maior rebanho do Brasil, 1,8 milhão de animais, 9,9% do efetivo do Mato Grosso do Sul. Seguido pelos municípios de Ribas do Rio Pardo (8º do Brasil), Aquidauana (15º) e Porto Murtinho (23º). O destaque foi para o município de Rio Verde de Mato Grosso (29º), que passou a frente de Três Lagoas (43º). Em 2021, São Félix do Xingu (Pará) mais uma vez liderou o ranking municipal de efetivo de bovinos; o rebanho de 2,5 milhões de cabeças equivale a 10,3% do efetivo paraense.
PRODUÇÂO DE MEL
O IBGE divulgou também dados referentes a produção de mel, que em Mato Grosso do Sul chegou à marca de 902 toneladas, queda de 6,8% em relação ao ano anterior. O valor da produção foi estimado em R$ 12,4 milhões, 6,8% maior que o ano passado (R$ 11,3 milhões).
No Brasil, o crescimento foi impulsionado, principalmente, pela alta nas regiões Sul, Nordeste e Sudeste, comparticipação de 39,7%, 36,3% e 18,8% respectivamente. O Rio Grande do Sul é o maior estado produtor de mel do Brasil, responsável por 9,2 mil toneladas, seguido pelo Paraná (8,4 mil) e o Piauí (6,9 mil). Mato Grosso do Sul ocupa a 11ª posição no ranking.
No Estado, Jardim é o primeiro município do Estado com maior produção (84.027 mil litros). Em segundo está Brasilândia com 60.800 mil litros e em terceiro Três Lagoas com 54.915 mil litros. Em quarto está Dourados (48.900).