O tema da vacina contra a Covid-19 ainda é palco de muitas discussões, principalmente quando se trata da aplicação das doses em crianças e adolescentes. Nesta semana, a Fiocruz, uma das principais fabricantes de vacinas do país, validou a eficácia do imunizante em 90% no público infanto-juvenil.
Desde janeiro de 2022, o Ministério da Saúde recomenda a vacina contra a Covid-19 para crianças acima de seis meses de idade. O esquema primário, composto por duas doses, destaca-se como o principal meio de reduzir o risco de contaminação e prevenir hospitalizações em casos mais graves. No entanto, a resistência persiste quando se trata de crianças e adolescentes.
Dados da Central de Imunização revelam que, em 2023, em Três Lagoas, apenas 2% das crianças de seis meses a quatro anos completaram o esquema de vacinação. Na faixa etária de cinco a onze anos, o percentual é de apenas 38%, enquanto de doze a dezessete anos atinge 85%. A meta estipulada pelo Ministério da Saúde para esses grupos é de 95%.
Uma nota técnica recente da Fiocruz comprova a eficácia de 90% nas vacinas Coronavac e Pfizer aplicadas em crianças e adolescentes, após monitoramento de resultados. O estudo também destaca que apenas 5% das crianças vacinadas apresentaram eventos adversos leves com a Coronavac, e eventos adversos graves nas vacinas da Pfizer são raros.
Apesar de adolescentes do sexo masculino apresentarem maior tendência de desenvolver miocardite, a chance ainda é 31 vezes menor do que se o jovem fosse infectado pelo vírus da Covid-19.
De acordo com a secretária municipal de Saúde, Elaine Fúrio, um dos principais fatores que prejudicam a vacinação é a divulgação de boatos sobre o imunizante.
Desde janeiro, a vacina contra a Covid-19 faz parte do Programa Nacional de Imunizações, e tanto a rede municipal quanto a estadual de ensino solicitam aos pais e responsáveis o certificado de vacinação para comprovar a aplicação do imunizante nos alunos menores de 18 anos.
A falta desse certificado leva à inclusão na lista de pendências a serem tratadas com a instituição de ensino. No entanto, de acordo com Ângela Brito, secretária municipal de Educação, nenhum estudante foi e nem será proibido de efetuar a matrícula caso não apresente a carteirinha de vacinação. Ela esclarece que esta é apenas uma recomendação do Ministério da Saúde.
Veja a reportagem abaixo: