O mercado de trabalho está se reinventando ao longo dos anos graças a inserção da geração Z, que engloba os nascidos a partir de 1990, dentro das organizações, inclusive em cargos de alto escalão. Apaixonados por tecnologia e hiperconectados, esses novos profissionais trazem em seu DNA características como inovação, curiosidade nata, ideias diferentes e energia para a realização de projetos fora do padrão.
Atualmente, esses jovens estão mais ansiosos e engajados em alcançar o sucesso e, por sorte, esses avanços tecnológicos têm permitido incentivar esse dinamismo. Entre as mudanças que estão ocorrendo, a opção mais atraente e viável está no trabalho freelancer. Os famosos “bicos” transformaram-se em atividades necessárias para certos tipos de demanda. Além da vantagem para o profissional que ganha flexibilidade em sua jornada, as empresas podem se beneficiar deste tipo de contratação, uma vez que esse prestador de serviço ganhará apenas pelo serviço ao qual foi designado, ou seja, com um custo reduzido em comparação a um colaborador efetivo.
Apesar do que muitos pensam, não é só a crise atual que tem levado o jovem a escolher formas menos tradicionais para trabalhar, pelo contrário. Muitas vezes o que encanta esses talentos é a maior autonomia e a oportunidade de crescimento pessoal, uma vez que sem um cliente fixo, as chances de surgirem desafios a serem ultrapassados são maiores. Segundo estudo feito pela Kelly Services, empresa especialista em consultoria externa, quase um terço da força de trabalho no mundo prefere a liberdade e autonomia vindas do trabalho independente (31%). Já 73% das empresas consideram que a flexibilidade e a fluidez da força de trabalho é uma opção para enfrentar o dinamismo do mercado.
Entre as diversas áreas já compostas por esses “freelas”, o setor de tecnologia e, principalmente, o mercado TI (Tecnologia da Informação) vêm se destacando. Muitas organizações têm visto neste gap de mercado uma oportunidade, criado formas de oferecer serviços sob demanda que serão executados apenas por estes colaboradores. É o caso de outsourcings de TI, ou empresas que oferecem serviços de TI on demand, onde você aciona uma startup caso haja algum problema e ela designará um profissional para atender ao seu chamado de forma prática e rápida.
Trabalhar como freelancer, sem dúvidas, virou um estilo de vida, principalmente quando realizado por profissionais da nova geração, capazes de se adaptar e gostam de desafios. Com a oferta de emprego formal cada vez mais escassa, a união entre startups e autônomos pode concretizar o futuro do trabalho no Brasil.
*Frederico Queiroz é CEO da NetSupport, plataforma digital para solução de problemas em TI
NR – Publicação alterada para correção da imagem do autor do artigo Frederico Queiroz (piarcomunicacao.com.br)