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Três Lagoas

Novas indústrias, mais progresso

Leia o editorial do Jornal do Povo publicado na edição deste sábado (13)

Distrito Industrial de Três Lagoas - arquivo/JPNews
Distrito Industrial de Três Lagoas - arquivo/JPNews

Depois de longo tempo de jejum na área da indústria, Três Lagoas neste segundo trimestre anuncia novos empreendimentos. Uma fábrica de latas da JBS – a Zempack, que está em fase de instalação e ocupará parte do prédio da antiga Mabel.  A Zempack é uma das maiores produtoras do país em seu segmento, com unidades em Lins, Barretos e Guaiçara.

Outra empresa, que é prestadora de serviços para empresas de celulose sediada no Paraná e que emprega 1.500 mil funcionários, pretende produzir equipamentos de proteção individual e gerar 300 novos empregos. Mais outra, desta feita, uma fabricante de mantas úmidas com rejeitos de celulose, está pretendendo a cedência de área no distrito industrial para erguer a própria sede. E mais uma, que aqui já se encontra instalada, deseja ampliar sua produção no setor de industrialização e distribuição de ligas para fundição e siderurgia, e como as demais, também, pleiteia área para construir sua unidade fabril.

Paulatinamente, o município está reagindo com sua pujante economia e invejável situação geográfica para fazer frente ao pessimismo, que não pode impregnar a comunidade. Impõe-se pensar positivamente, aliás, bons pensamentos e atitudes propiciam um clima de satisfação que contagia e proporciona um ambiente de alto astral. É imperativo dar aos nossos governantes créditos, tanto nas intenções, como nas medidas que adotam, as quais visam o bem estar da coletividade, o aumento e geração de emprego e renda que asseguram mais dignidade ao trabalhador e dias melhores para a toda a sociedade.

Não há como continuar a choramingar decisões inalcançáveis, as quais estão sacramentadas pela lei. Continuar com a ladainha que entoa embuste e que tenta transmudar a verdade em mentira alardeando fatos distorcidos, ou tentando ainda, mudar decisões que devem ser respeitadas por conta do império da lei e dos princípios consagrados na Constituição Federal é uma farsa que deve e precisa ser combatida e coibida. A livre manifestação do pensamento não prevê a defesa do que não está prescrito na lei, que deve a qualquer custo ser preservada por conta da garantia individual de cada cidadão.

O desenvolvimento econômico e social se concretiza através da ação dos nossos agentes políticos. Sem eles não caminhamos e as decisões que tardam, continuarão paralisadas. Entre as deliberações que estão estagnadas no interesse de Três Lagoas, duas precisam avançar. A primeira, a da retomada e conclusão da fábrica de fertilizantes, prejudicada pelos escândalos da Petrobras, que, aliás, nem um argumento justifica em transformá-la em um amontoado de ferro de equipamentos.

O Brasil e a agricultura precisam da produção de fertilizantes que garantirá produtividade e rentabilidade à produção de grãos. A Petrobras é empresa que acumula bilhões lucros e recursos e a retomada e conclusão da UFN-3 não afetará sua saúde financeira. E a segunda, exige celeridade do Judiciário na decisão da disputa entre a J&F e a Paper Excellence, que propiciará novos investimentos em Três Lagoas com a ampliação da fábrica de celulose Eldorado Brasil.  Enfim, mais indústrias significa mais geração de emprego e renda, mais riqueza e desenvolvimento socioeconômico. Enquanto essa decisão continua se arrastando nas manobras jurídicas e revogações de uma e de outra decisão que vai sendo exarada nessa briga de titãs, perde o município e a população com o atraso na duplicação desse empreendimento.