Três Lagoas não pode ficar acomodada nas conquistas da indústria da celulose, por conta das duas fábricas aqui instaladas serem as maiores geradoras de emprego e renda no município. Estas, aquecem o setor rural com a extração da madeira, arredamento de terras para o plantio de eucalipto, além de contratarem um grande contingente de trabalhadores para a formação de suas florestas, extração e transporte da madeira que será processada e transformada em celulose distribuída para o mercado interno e externo, assim como seus resíduos para a geração de energia. Como também, com a contratação de pessoas para a operação de suas indústrias. Outras indústrias que já estão instaladas, sejam no esmagamento e processamento da soja, como na produção roupas, tecidos, equipamentos de refrigeração, embalagem e por aí afora, contribuem para o nosso crescimento populacional e consequente desenvolvimento sócio econômico.
O distrito industrial de Três lagoas congrega pouco mais de 54 unidades fabris. Também, é fato que perdemos algumas, entre elas a de maior porte e que gerava seiscentos empregos – a Mabel, que atuava no setor alimentício. Mas, o que se percebe é que falta ao município uma ação com mais efetividade para apresentar a cidade, os benefícios que pode conceder, inclusive, o distrito industrial da cidade que conta com ampla infraestrutura para receber qualquer indústria.
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico às vezes dá pistas de que alguma indústria está prospectando a possibilidade de aqui se instalar, mas não se vê concretizar a intenção. Três Lagoas pela situação geográfica considerando-se a proximidade com os grandes centros de consumo e a facilidade rodoviária para o escoamento da produção aqui gerada, sem quaisquer questionamentos é o melhor município de Mato Grosso do Sul para a instalação de um grande número de projetos industriais. Mas, o que se vê é uma letargia, uma falta de movimento no sentido de atrair indústrias mesmo com benefícios que o município oferece a título de incentivos fiscais juntamente com o governo estadual. Para facilitar mais ainda, qualquer empreendedor com lastro ao cumprir as formalidades exigidas perante o agente financeiro, disporá de linha de financiamento com juros e prazos atraentes como o Fundo Constitucional do Centro Oeste (FCO), linha de crédito disponível para a região Centro Oeste do país. O que se percebe é que falta desenvoltura e preparo para o trato com empresários, além da timidez dos incumbidos administrativamente para o desempenho dessa missão, que nada mais é senão a de encantar e atrair investidores para o setor industrial no município.
Para pôr a mão na massa como diz o jargão popular, se faz necessário, também, ter vivência e experiência no mundo dos negócios para discutir em qualquer esfera as questões intrincadas para se atrair indústrias. O fato é que Mato Grosso do Sul continua recebendo investimentos industriais, inclusive com a participação estimulante da Secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado. Mas, infelizmente, não vemos uma ação mais efetiva do município para atrair novas indústrias há alguns anos, considerando-se, que nenhuma indústria, a não ser a última de fabricação de ventiladores que chegou e se instalou no distrito industrial em prédio alugado.