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Caso Maísa

Nove pessoas acusadas de justiça com as próprias mãos vão a julgamento por homicídio

Grupo é acusado de integrar o tribunal do crime do PCC e executar assassino de garota de 12 anos em Três Lagoas

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Estudante morreu após reconhecer um dos assaltantes durante abordagem - Reprodução/TVC
Estudante morreu após reconhecer um dos assaltantes durante abordagem - Reprodução/TVC

Nove integrantes do PCC, Primeiro Comando da Capital, vão a júri popular por assassinarem o preso José Leandro Carvalho de Jesus, 18 anos, na tarde do dia 30 de abril de 2015, em uma das celas do Estabelecimento Penal de Segurança Média de Três Lagoas. Os julgamentos estão marcados para o mês de junho.

Segundo denúncia do Ministério Público, José Leandro foi asfixiado e obrigado a ingerir um copo de leite com cocaína, depois de ser condenado a morte, pelo tribunal do crime, acusado de ser um dos autores da morte de Maísa Martins, de 12 anos de idade.

A condenação teria ocorrido em retaliação a morte da sobrinha de Fernando Barrinha Antonácio, que segundo a justiça é um dos integrantes da facção. José, junto com um jovem de 16 anos, participou de uma tentativa de roubo de uma corrente de ouro, que era usada pelo padrasto da vitima no dia da tragédia.

José Leandro Carvalho de Jesus, se entregou aos policiais do SIG sete dias após a morte de Maísa e em seu depoimento relatou que participou do assalto e que o dinheiro que conseguissem no crime seria utilizado para pagar uma divida que tinham com o tráfico, já que a dupla estava sendo ameaçada por traficantes.

Além do tio de Maísa, Fernando Barrinha Antonácio, também irão a julgamento, Arison Rodrigo Moreira, Euclides Marcel Pires, Éverton Rodrigues de Queiroz, Fabrício Cássio Vitória da Silva, Igor de Souza Alves, Maicron Selmo dos Santos, Matheus Alves de Melo e Paulo César Pereira de Paula.

ENTENDA O CASO

Maísa foi atingida com um tiro na cabeça durante tentativa de assalto, no Jardim Guanabara, em Três Lagoas, na noite do dia 5 de dezembro de 2014. A menina estava sentada em frente a casa de parentes, quando foi atingida por um disparo de arma de fogo. Maisa, que teria reconhecido um dos assassinos teria estudado com o autor do disparo fatal que tirou sua vida. A jovem foi baleada enquanto segurava um bebê no colo.

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