Cinco crianças foram retiradas das famílias por determinação judicial, em Três Lagoas, após serem vítimas de maus-tratos e sofrerem algum tipo de negligência por parte dos pais. Os casos foram registrados somente neste ano e geram preocupação quanto à falta de cuidado, amor e zelo para com as crianças dentro dos lares.
Além disso, o número de ocorrências deste tipo é maior do que registrado no ano passado, quando três crianças foram encaminhadas para a adoção. De acordo com o Conselho Tutelar, as negligências ocorrem normalmente com crianças entre 3 a 10 anos de idade. “Infelizmente estão se tornando comuns e com frequência os casos em que as crianças são retiradas das famílias por falta de cuidados”, avaliou a coordenadora do Conselho Tutelar, Lilian Nagano.
Ela explica que é por meio de denúncias que os conselheiros tutelares chegam até às residências e encontram as crianças em estado de abandono. As denúncias, segundo a coordenadora, são feitas por pessoas que conhecem o dia a dia das famílias e acabam procurando a instituição.
Em um dos casos, por exemplo, a criança foi encontrada sozinha na casa sem alimentação. Como se trata de menor de idade, as informações são sigilosas e os detalhes não podem ser revelados. Nesse caso, ela foi encaminhada para o Conselho Tutelar e, em seguida, ficou sob os cuidados de familiares.
Notícias Relacionadas
Patrulhamento
PM realiza ações e reforça segurança para as festividades de fim de ano
2º Batalhão da Polícia Militar de Três Lagoas deverá contar com 250 policiais para o monitoramento ostensivo
UFN3
Petrobras aprova plano de investimentose retomada da fábrica de fertilizantes
Aprovado o plano de investimentos 2025-2029, que inclui a volta das obras da fábrica de fertilizantes em Três Lagoas
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê que as crianças sejam criadas na família de origem, a biológica, mas elas são retiradas de casa quando sofrem negligência, abandono ou maus tratos. Em casos de violência sexual, a lei prevê o afastamento imediato.
ATENDIMENTOS
Desde o início de 2016, o Conselho Tutelar de Três Lagoas atende, em média, 20 ocorrências por dia, de acordo com a coordenadora Lilian Nagano, que assumiu os trabalhos à frente da instituição neste ano. Entre os casos mais registrados estão maus-tratos, abandono, uso de entorpecentes e gravidez na adolescência.
A instituição conta com cinco conselheiros e Lilian destaca que eles têm passado por capacitação, como também por diversos treinamentos para melhorar o atendimento aos moradores da cidade.
