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Editorial

O descontrole do trânsito

Leia o Editorial do Jornal do Povo, da edição deste sábado (9)

Leia o Editorial do Jornal do Povo, da edição deste sábado (9). - Foto: Arquivo/JPNews
Leia o Editorial do Jornal do Povo, da edição deste sábado (9). - Foto: Arquivo/JPNews

Três Lagoas contabiliza 18 mortes no trânsito em menos de 12 meses. As vítimas mais atingidas são os motociclistas. Uns, e não são poucos, transitam em alta velocidade no afã de concluírem o mais rápido suas entregas. Outros, porque gostam de desafiar o perigo e não medem as consequências da alta velocidade pelas ruas da cidade. E, há aqueles que conduzem bicicletas elétricas – hoje muito popularizadas, sem qualquer noção das regras do trânsito. Conduzem suas “bikes” sem capacete, com crianças em cadeirinhas na garupa, as quais ficam expostas aos perigos desse movimento infernal, que se tornou um perigo para todos, inclusive, para os que transitam observando a sinalização de ruas e avenidas.

Quando esses acidentes não são fatais, deixam marcas de mutilação, incapacidade de locomoção e limitações físicas. Dura realidade. Parece que o poder público está de mãos e pés amarrados, mas não deveria, porque tem por dever procurar técnicos especializados para contratar e prestar assessoria para esse setor crítico da administração da cidade, visando estudos e medidas para minorar os perigos do trânsito na cidade.

Não basta instalar nas ruas e avenidas, quebra-molas visando a redução da velocidade, porque ao serem ultrapassados, um grande número de condutores retomam em alta velocidade o seu caminho, infelizmente. Certamente, duas questões se impõem de saída. A primeira com uma fiscalização mais efetiva pela guarda municipal de trânsito, que em vez se multar a torto e a direito, deveria tornar suas ações mais educativas, mostrando para o infrator os malefícios da direção perigosa.

E a segunda, mais drástica para motociclistas, ciclistas de bicicletas elétricas e bicicletas comuns, cujos condutores ao transgredirem a regras das leis previstas no Código Nacional de Trânsito, tenham recolhidos ao pátio da repartição esses veículos, até que se submetam a um curso de reciclagem e habilitação sobre noções de como trafegar em segurança pelas ruas da cidade.

Quanto às bicicletas, se impõe, um pouco mais, ou seja, um rigor educacional para seus condutores, além da exigência de instalação de refletores e faróis para transitarem à noite, já que na maioria das vezes não são vistos e ficam expostos ao perigo de veículos cujos condutores na maioria das vezes não o enxergam. O ano não terminou, faltam 22 dias para findar, tomará que não se registre mais mortes.

Entretanto, medidas duras precisam ser adotadas, diante da velocidade, impaciência e falta de educação e urbanidade entre motoristas no trânsito. Muito lamentável esse quadro numa cidade onde a administração municipal tem envidado esforços para torná-la melhor.