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Editorial

O efeito perigoso das fake news

Nesta semana, por exemplo, pais e alunos ficaram com medo devido informações falsas de um possível ataque

O efeito perigoso das fake news

Alunos, seus pais, professores e funcionários de uma universidade tiveram medo de assistir aulas, levar filhos e trabalhar, no início desta semana, após uma sequência de fake news explodir na internet, com ameaças de agressões, morte e outras barbaridades – tudo como resultado do rompimento de um caso amoroso que tinha como personagens estudantes da própria universidade, a UFMS, em Três Lagoas.

  
O caso emaranhado envolve um outro aspecto dos cenários de violência dos dias atuais. A violência contra a mulher. Por medo, a moça da história procurou a polícia e o suposto autor das mensagens foi preso numa cidade do interior paulista, onde mora. Mas, o estrago já estava feito quando ele foi pego.

Para confirmar o antigo ditado de que de notícia ruim anda depressa, as mensagens foram repassadas em um número incontável por duas razões, no mínimo: por medo e por irresponsabilidade.
Somente com a confirmação da polícia de que o suposto agressor estava atrás das grades é que o ambiente voltou ao normal na universidade.

Ao mesmo tempo, e talvez para aproveitamento da onda de terror, um desconhecido espalhou uma gravação com alertas de que haveria ataques em escolas estaduais de Três Lagoas, nesta semana, aos moldes do ocorrido em Suzano (SP) no mês passado. A Polícia Militar teve muito trabalho para comprovar que a segurança está mantida e que, mais uma vez, uma onda de boatos se forma com fake news.
São apenas dois dos muitos exemplos dos estragos de atos como esses, que espalham medo. Definitivamente, seus autores devem ser punidos.  

* Editorial do Jornal do Povo deste sábado