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Unei No Mato

Obra de R$ 8 milhões para abrigo de infratores está abandonada

Sem vigilância, prédio é alvo de vândalos e ladrões; Estado planeja reforma do imóvel

Prédio é alvo de ladrões e vândalos e precisa de reforma, antes de ser ocupado - Ana Cristina Santos/JP
Prédio é alvo de ladrões e vândalos e precisa de reforma, antes de ser ocupado - Ana Cristina Santos/JP

Inaugurado em dezembro de 2014, o prédio da Nova Unidade Educacional de Internação (Unei) de Três Lagoas está abandonado e sendo depredado. A fiação elétrica do local foi toda furtada, portas e janelas quebradas. O teto de algumas salas está com infiltração, e o mato toma conta do local, que tem até cavalo.

A obra custou mais de R$ 8 milhões e foi construída com recursos do governo federal em uma área de 30 mil m², cedida pela prefeitura, no Jardim Imperial. O prédio possui 4.850 m² e tem capacidade para abrigar 70 adolescentes.

Ao Jornal do Povo a superintende de Assistência Socioeducativa do governo do Estado, Carmem Lígia Loureiro Carmello, disse que a unidade ainda não entrou em funcionamento, porque necessita de passar por uma readequação e reforma. Ela disse que nos próximos dias o governo vai abrir licitação para contratação de empresa interessada em executar a obra que, mesmo antes de entrar em funcionamento, vai passar por reforma.

Ela disse que o mobiliário do local já foi adquirido e um concurso deve ser aberto para contratação de novos funcionários. A previsão é de que a nova Unei entre em funcionamento apenas no final deste ano.

Quando esteve em Três Lagoas no começo do mês, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) disse que o funcionamento da Unei está dentro do projeto. “Não adianta construir prédio e não ter funcionário”, alfinetou Azambuja, referindo-se ao fato do ex-governador André Puccinelli (PMDB) ter entrega  a obra sem a estrutura para entrar em funcionamento. 

Atualmente a Unei que funciona no bairro Parque São Carlos, em prédio alugado, conta com 16 adolescentes, sendo que a capacidade é para 12.  Em alguns casos, quando não tem vagas, a Justiça tem determinado a liberação do menor infrator, ou dependendo do caso, a transferência para outra unidade. (Ana Cristina Santos)