A Operação Rastilho 2, realizada pelo Comando da 9ª Região Militar do Exército em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, apreendeu 828 quilos de explosivos em Terenos. Além da emulsão encartuchada, foram apreendidos ainda 4.385 metros de cordel detonante, 68 retardos e 15 estopins.
Segundo o Exército, a empresa, autorizada a manipular o material, foi autuada por irregularidades na armazenagem, controle e emprego de explosivos em sua atividade mineradora.
Ainda de acordo com o Exército, Três Lagoas também é alvo dessa operação. Nesta quarta-feira, os militares visitaram empresas na cidade que manipulam esse material, mas estavam regulares. Além de Três Lagoas, na região, vistorias foram realizadas em Selvíria, Brasilândia e Aparecida do Taboado. Paranaíba, Costa Rica, Sidrolândia e Terenos também são alvo da operação, que investiga ações criminais com a utilização de explosivos nos últimos meses.
De acordo com informações da equipe de operação, esses explosivos seriam utilizados de forma ilegal, e poderiam ser desviados para atividades do chamado “novo cangaço”, em explosões de terminais bancários de autoatendimento. A polícia investiga a origem do comércio ilegal de explosivos nesses estados.
Na região de Três Lagoas, alguns terminais bancários foram arrombados nos últimos anos com a utilização de explosivos. Em dezembro do ano passado, dois terminais eletrônicos de uma agência bancária em Selvíria, por exemplo, foram arrombados com dinamite.
O objetivo da operação é evitar ou reduzir a possibilidade de que explosivos utilizados por empresas registradas sejam desviados e empregados contra pessoas e estruturas, permitindo o seu uso somente por pessoas legalmente habilitadas. A operação acontece também em outras áreas do território nacional, sob a coordenação geral da Diretoria de Fiscalização e Produtos Controlados (DFPC) do Exército.