A busca planetária pela venda da fábrica de fertilizantes da Petrobras – a UFN-3 parece ter chegado ao fim. Depois de idas e vindas os russos por intermédio da Acron, uma das maiores produtoras de fertilizantes do planeta estão batendo o martelo para a aquisição desta fábrica.
Ontem, estiveram em Campo Grande para discutir incentivos fiscais e dar conta ao governo estadual de como vai andar o cronograma para a conclusão da fábrica.
O município de Três Lagoas da parte que lhe toca, não se nega a prorrogar a vigência dos benefícios fiscais que concedeu inicialmente. Como sabemos, o Brasil importa aproximadamente 70% ou pouco mais de fertilizantes para a correção do solo na produção agrícola.
Por conta da disparada do dólar a tonelada de um só fertilizante beira mais de R$5 mil, encarecendo brutamente o custo da produção, além de fazer encolher o ganho do produtor nacional, que enfrentou em algumas regiões do país a falta de chuva e em outras o excesso, fato que comprometeu o resultado e em muitos casos, impôs um enorme prejuízo financeiro.
Aqui na região Centro Oeste as condições climáticas conjugaram a favor do produtor que alcançará um novo recorde na produção da soja que já está sendo colhida e enseja a plantação do milho, cultura sequencial a colheita da soja.
Três Lagoas torce para que a retomada da construção da fábrica de fertilizantes ocorra no menor e mais curto espaço de tempo, uma vez que reiniciadas as obras, veremos neste período de inflação e alta de juros, aquecida a economia local.
Os prestadores de serviços, o comércio em geral, a rede hoteleira, bares e restaurantes, entre tantos setores da atividade, todos, estão na expectativa da conclusão da UFN-3, que irá gerar permanentemente mais emprego e renda quando entrar em operação, além de atrair novos empreendimentos para a cidade. Por outro lado, os credores da Petrobras que prestaram seus serviços na primeira fase da obra, esperam receber seus créditos.
Acredita-se que está chegando a hora de cada um receber o que lhe é devido.
E por presunção, também, acredita-se que os russos estão adquirindo esse complexo fabril sem dívidas a pagar. Aliás, para a Petrobras essa dívida como se diz no linguajar popular é fichinha. No último trimestre do ano passado a estatal teve um lucro de R$28 bilhões de reais, certamente, por conta do elevado custo de combustíveis que impõe ao bolso do consumidor brasileiro.
Espera-se que os russos aterrissem com vontade de desembarcar e ficar por anos e anos, produzindo para o Brasil os fertilizantes – ureia e amônia, tão importes para a agricultura nacional.