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Três Lagoas

Para TCE-MS, cidades não estão prontas para acabar com lixões

Responsabilidade sobre os serviços de manejo de resíduos sólidos é da administração municipal

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O presidente do Tribunal de Contas do de Mato Grosso do Sul (TCE/MS), conselheiro Cícero Antonio de Souza, questionou, durante encontro com aproximadamente 200 gestores, a destinação correta dos resíduos sólidos a fim de avaliar se os municípios estão preparados para acabar com os lixões. Todos eles terão até dezembro para implementar a nova legislação.

Pela política nacional de resíduos sólidos, a responsabilidade sobre os serviços de manejo de resíduos sólidos é da administração municipal. No entanto, está restrita aos resíduos domiciliares e aos provenientes da limpeza urbana. O poder público pode adotar medidas como a criação de cooperativas. Quanto às atividades industriais, comerciais e de serviços privados, a responsabilidade é do próprio gerador do resíduo.

 “As prefeituras brasileiras estão capacitadas para elaborar os seus planos de gestão dos resíduos gerados no município?”, perguntou Cícero de Souza. Segundo o conselheiro, essa é uma questão que tem deixado muitos prefeitos preocupados, pois o prazo para os gestores se adequarem à legislação de política ambiental do governo federal, quando os “lixões” deverão ser substituídos por aterros sanitários, devidamente licenciados pelos órgãos ambientais.


FISCALIZAÇÃO
O TCE-MS vai fiscalizar a destinação dos resíduos sólidos e acompanhar o processo de transposição da gestão, em razão da legislação que estabeleceu prazo até 2014 para que os municípios acabem com os lixões e implantem os aterros sanitários.


Mais de 200 gestores do Estado e dos 79 municípios, entre deputados, vereadores, prefeitos, secretários, procuradores e diretores de órgãos de Mato Grosso do Sul ligados ao meio ambiente compareceram na última quarta-feira, “Dia Mundial do Meio Ambiente”, ao ciclo de palestras “Gestão de Resíduos Sólidos” promovido pelo TCE-MS. O tema do debate foi a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), com três autoridades no assunto: o conselheiro Júlio Assis Corrêa Pinheiro, do TCE do Amazonas; o engenheiro Sérgio Augusto Lucke e o Dalton Melo.


“Desde já, as prefeituras devem se articular em âmbito local para iniciar a elaboração dos seus planos, que deverão conter as informações básicas sobre o lixo no município”, disse o presidente do Tribunal. Segundo ele, as prefeituras devem dispor de dados que abrangem origem, classificação, destinação e disposição final e volume dos resíduos. Além deles, uma longa lista de tarefas inclui identificação das áreas disponíveis para a construção de aterros sanitários; a inclusão de cooperativas de catadores nos programas de coleta seletiva, entre outras ações importantes para serem inseridas no Plano.