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Paralisação dos professores vai deixar 12 escolas sem aula em Três Lagoas

Professores da rede estadual de ensino pararam as atividades hoje em protesto o Projeto de Lei que extingue as eleições diretas de diretores

Centenas de alunos ficarão sem aulas nesta quinta-feira - Elias Dias/JP
Centenas de alunos ficarão sem aulas nesta quinta-feira - Elias Dias/JP

Alunos de 12 escolas estaduais de Três Lagoas vão ficar sem aula durante todo o dia de hoje, por conta da paralisação dos professores e colaboradores da rede estadual de ensino. A paralisação é promovida pela Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems).

A manifestação é em protesto à tentativa do Governo Estadual de mudar as eleições diretas de diretores. A Fetems também aguarda o posicionamento do governador quanto ao cumprimento das leis que visam valorizar os profissionais do ensino público.

Conforme o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinted) de Três Lagoas, das 13 escolas estaduais, apenas uma não aderiu à paralisação na cidade. O Estado conta com 27.800 alunos, 20 mil professores e cinco mil funcionários da rede pública de ensino.

Uma caravana com 20 pessoas compostas pela diretoria do Sinted, professores e funcionários da rede estadual de ensino de Três Lagoas estará em Campo Grande para acompanhar a votação do Projeto de Lei que altera as eleições diretas nas Escolas Estaduais.

Logo após a votação, acontece uma assembleia na sede da Fetems com todos os sindicatos do Estado para definir o posicionamento da categoria, caso o governo não cumpra ou negocie as novas leis que beneficiam professores e administrativos.

Conforme enalteceu a presidente do Sinted de Três Lagoas, Maria Diogo, hoje e amanhã serão dias importantes para o futuro da educação no Estado. “Vamos discutir em assembleia amanhã [hoje] e deliberar medidas que tomaremos na hipótese do governo não resolver a situação dos professores e funcionários da rede estadual de ensino”.

REIVINDICAÇÕES

Além de exigirem a permanência das eleições diretas para escolha de diretores, a Fetems reivindica o pagamento dos 10,98%, a porcentagem que falta para integralizar os 25,42% de reajuste dos professores conforme assegura a Lei 4.464/2013 e o pagamento de 1/3 da hora-atividade, estabelecido pela Lei complementar 165/2012 e por último a recomposição inflacionária aos servidores administrativos da educação, do período de maio/2014 à abril de 2015.