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Editorial

Partidos e Candidatos

Leia o Editorial do Jornal do Povo, na edição que circula esse sábado (02)

Leia o Editorial do Jornal do Povo, na edição que circula esse sábado (02) - Arquivo/Jpnews
Leia o Editorial do Jornal do Povo, na edição que circula esse sábado (02) - Arquivo/Jpnews

As eleições de outubro se aproximam e gradativamente a lei eleitoral e as regras avançam no calendário eleitoral, exigindo de partidos e candidatos as providências que garantam as suas candidaturas.

Ontem, expirou para deputados estadual, federal e senador a janela partidária para mudança de partido. Pouco mais de 105 parlamentares, só na Câmara Federal, onde estão instalados 31 partidos políticos mudaram de legenda. Esse assustador número de legendas partidárias, algumas expressivas e outras, sem expressão alguma, retratam o quadro político partidário no país. Aliás, muito ruim.

Vivemos o caos político partidário, onde parlamentares de todas as tendências ideológicas convivem em um parlamento que atualmente chega a ter ares de assustador. Sem contar que o parlamento brasileiro é um dos mais caros para os cofres públicos, e consequentemente para o próprio povo entre os países democráticos no concerto mundial.

O ideal seria que tivéssemos no máximo até oito ou sete partidos. Mais do que isso é viver entre decisões surpreendentes, as quais na maioria das vezes não atendem os reclamos e nem as aspirações populares. A legislação eleitoral em vigor caminha para enxugar o excessivo número de partidos políticos.

O fim das coligações partidárias para a eleição proporcional é um dos mecanismos em vigor que contribuirá para acabar com os partidos nanicos. Entretanto, o imaginário político engendrou na reforma eleitoral a possibilidade de se instituir as Federações Partidárias, que reunirá vários partidos sob um guarda – chuva durante quadro anos, onde as siglas partidárias aglutinadas atuarão como se fossem um só partido.

Vamos ver no que vai dar diante a elevada capacidade de improvisação de nossos parlamentares. Mas, diante desse quadro eleitoral tumultuado constituído por 31 partidos, em Três Lagoas tudo indica que várias legendas lançarão candidatos a deputado estadual e federal. Esse fato poderá deixar o município e quiçá a região da Costa Leste sem representação na Câmara Federal e quem sabe na Assembleia Legislativa.

Só para a disputa da representação estadual fala-se em pelo menos entre seis e sete candidaturas. Para a Câmara Federal dois ou três, sem contar os pescadores de votos vindos da capital e outros municípios, que armam suas redes e estruturas para obter votos que  asseguram suas eleições, enquanto que os candidatos da terra, ficam confinados no território do município, porque não tem penetração em outros colégios eleitorais, por um motivo ou outro, que aqui não cabe detalhar. Enfim, como em eleições anteriores, um ou outro candidato com domicílio eleitoral daqui da nossa terra poderá ser eleger.

Mas, não somente com os votos de Três Lagoas, que hoje tem 70 mil eleitores ou pouco mais. Mas, por conta da penetração eleitoral em outros redutos e capacidade de com eles se compromissarem politicamente fortalecendo a própria representação pessoal. Enfim, Três Lagoas corre sério risco de não ter nenhum representante na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa. Triste realidade, onde o povo que não faz  análise de possibilidades de eleição de determinados candidatos, acaba iludido e sem representantes.