Pecuarista afirma que celulose promoveu um grande progresso no município

O pecuarista Cláudio de Souza, o Cláudio Totó, disse que não é contra o plantio do eucalipto, mas a favor de que também haja melhorias para a pecuária. Para ele, a expansão do eucalipto tem sido fruto de uma melhor remuneração em comparação com a pecuária, que atravessa uma época difícil. Em razão das poucas chuvas, Cláudio Totó comentou que são necessários grandes investimentos para a recuperação dos pastos. “É preciso adubação, calcário, que vem de longe, e tudo isso é caro”, comentou. Ele participou, na manhã de ontem, do programa RCN Notícias, que vai ao ar das 6h40 às 8h, na Rádio Cultura FM (106 MHz).

Souza explicou que a expansão do eucalipto é consequência lógica da evolução da forma a partir da qual a região passou a cultivar essa monocultura. Ele informou que, antigamente, cultivava-se eucalipto através de incentivos fiscais, ocasião em que não se recolhia o imposto de renda para comprar cotas de uma plantadora de eucalipto. Isso, segundo ele, fez com que fosse mal utilizado o dinheiro e os eucaliptos antigos desaparecessem.

“Entretanto, hoje, com a tecnologia moderna e com a clonagem do eucalipto obtém-se o mesmo resultado que se espera com uma área em outra, porque são árvores todas iguais, ou seja, são clones”, esclareceu. Essa nova metodologia, conforme o pecuarista, fez com que a região de Três Lagoas fosse beneficiada com o plantio de eucalipto. Ele considera que isso seja um beneficio para a região, pois gera muitos empregos e renda para o Estado. “Hoje, da renda que o governo do Estado arrecada através das exportações, 80% são devido à celulose”, destacou.

Para Cláudio Totó, a celulose promoveu um grande progresso no município e no Estado, e a tendência é aumentar com o funcionamento da Eldorado Brasil. “Isso fará com que o plantio do eucalipto se desenvolva cada vez mais, visando atender aos interesses dessas indústrias”, salientou.    

ESTRADAS
Ainda durante a entrevista, o pecuarista comentou que o produtor rural é um abnegado da produção. “Ele não muda de profissão, mas depende das condições das estradas para que possa produzir”, disse.