O remanejamento de alunos três-lagoenses matriculados e que não conseguiram vagas nas escolas estaduais onde estudavam no ano passado, para outros estabelecimentos de ensino do Estado, poderá ser irreversível. A questão está sendo tratada na Secretaria Estadual de Educação (SED), para onde a Diretoria de Matrículas do Núcleo Tecnológico Educacional (NTE) enviou documento comunicando o problema. Ocorre que, mesmo matriculados neste ano e sejam remanescentes dos bancos escolares dos próprios colégios, 18 alunos da Escola Estadual João Ponce de Arruda, no bairro Santa Rita, e dez da Escola Estadual João Magiano Pinto (Jomap), no Vila Nova, podem ficar sem estudar nas escolas de suas preferência.
De acordo com norma da SED, conforme Marlúcia Pelizão, diretora de matrículas do NTE, a questão toda é que, por determinação da Educação Estadual, o mínimo de alunos para que uma sala de aula funcione é de 25 estudantes e o máximo de 47. Ontem (5) de manhã, ela disse que o caso ainda estava sendo avaliado em Campo Grande, na SED.
No caso da Escola Estadual João Ponce de Arruda, no bairro Santa Rita, na quarta-feira (4), pais e responsáveis dos alunos que não conseguiram vagas foram até o NTE reclamar. A diretora Marlúcia, junto com a direção da escola, resolveram enviar para a Capital a reivindicação dos reclamantes.
Também na escola Jomap, a situação é semelhante, quando no ano passado uma sala especial funcionou com apenas dez alunos. Esses alunos passaram de ano, mas correm o risco de não obterem vagas por causa da legislação da SED, que determinou o número mínimo de alunos em cada sala de aula. “Estamos aguardando também a avaliação da Secretaria de Educação. Se a determinação for para funcionar uma sala com dez alunos nós vamos atender”, afirmou ontem o diretor da escola Jomap, Evandro Daniel Fontes Bernardes.
Até o fechamento desta edição, às 18 horas, não havia informações a respeito da resposta da Secretaria Estadual de Educação ao questionamento do NTE sobre esses dois problemas, ainda pendentes, sobre a questão da avaliação sobre a possibilidade de a Jomap abrir uma sala de aula com dez alunos e a escola João Ponce de Arruda com 18.
As aulas, tanto nas escolas estaduais, como nas escolas do município, começam na segunda-feira (9).
REFORMA
Faltando quatro dias para o início do ano letivo, as obras de reforma do prédio da escola Jomap ainda estão longe de ser concluídas. O diretor Evandro Bernardes disse que o prosseguimento das obras prejudicará a tranqüilidade dos alunos e professores. “É claro que atrapalha [a reforma] bastante, mas vamos ter que conviver com isso. Provavelmente, até junho, as obras já tenham terminado”, observou.
A escola Jomap recebeu para este ano letivo a inscrição da 1,4 mil alunos, distribuídos em três turnos, matutino, vespertino e noturno. Na mesma unidade escolar, funciona ainda o programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e o programa de Educação Profissional, onde estão inscritos 90 alunos.