A 1ª Pesquisa Nacional de Vitimização Rural é mais uma ação do Observatório da Criminalidade no Campo e está sendo elaborada pelo Instituto CNA e Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF), região onde será feito o projeto piloto.
A pesquisa será aplicada pelos técnicos de campo da Assistência Técnica e Gerencial do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural no DF (Senar/DF) durante visitas mensais às propriedades. Para isso, os profissionais participaram de um treinamento no último dia 4 de outubro
“Essa pesquisa será muito importante para podermos conhecer a realidade da criminalidade no campo no Brasil. Temos ausência de informações da real situação do crime no meio rural. Por isso, esse levantamento vai nos ajudar a entender quais são os problemas que os produtores sofrem no dia a dia”, afirmou o coordenador técnico do Instituto CNA, Carlos Frederico Ribeiro.
O levantamento será feito em 225 propriedades rurais atendidas pela assistência técnica do Senar em todo o Distrito Federal e a escolha dos técnicos de campo aconteceu pela periodicidade com que estão nas propriedades e o bom relacionamento com os produtores rurais.
A aplicação da pesquisa no DF será feita entre outubro e novembro deste ano. A previsão das entidades envolvidas é iniciar a compilação dos dados em dezembro. Após o piloto, o Sistema CNA pretende levar o levantamento para o resto do País em 2019.
Mato Grosso do Sul
Assim como na cidade, a insegurança tem aumentado no meio rural em todo o País, isso é motivo de preocupação e de ações das entidades do setor. O crime mais comum é o de abigeato, roubo de gado, que é recorrente no Estado. A questão é que os envolvidos não são punidos com firmeza o que faz voltarem à prática.
Em abril deste ano, a equipe do Garras (Delegacia Especializada Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) que atende ocorrências rurais, havia prendido uma quadrilha furtou 128 animais em 4 propriedades nos municípios de São Gabriel, Camapuã e Ribas do Rio Pardo. Os animais foram vendidos na região de Presidente Prudente.
REBANHO
O Mato Grosso do Sul tem 23 milhões de cabeças e uma área pouco mais 357 mil km² e apenas dois policiais uma viatura destinada para atender casos específicos. Essas práticas criminosas colocam em risco a integridade física e a vida das dos produtores rurais e acarretam prejuízos financeiros. O monitoramento e ações preventivas de policiamento podem evitar crimes.
Através de solicitação da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), o governo do Estado criou uma unidade da Polícia Civil de combate e repressão a esse tipo de crime em 2015. A unidade fica no Parque Laucídio Coelho, em Campo Grande. “Pedimos ao governador para atender essa reivindicação. Conseguimos uma viatura com a Receita Federal para as diligencias e fornecemos computador, telefone, combustível e uma sala para a equipe”, diz Jonathan Barbosa, presidente da Acrissul.
Famasul e os sindicatos rurais possuem parcerias estabelecidas com as polícias Militar e Civil em vários municípios do Estado, visando ao apoio logístico e de inteligência. Exemplo dessa parceria ocorre no município de Paranaíba, o que tem trazido à população local maior segurança no campo.
Outra ação que merece destaque em nível Nacional é a criação do Observatório da Criminalidade Rural, uma iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, por meio do Instituto CNA, que acompanha o aumento da criminalidade no meio rural.
Embora casos ocorridos nas cidades monopolizem a atenção da mídia e da sociedade, o crime, em especial o furto e o roubo à mão armada, cresceu nas propriedades rurais, mantendo em risco constante os bens e a segurança pessoal dos produtores e de suas famílias.
Se houver algum caso em propriedades rurais, o produtor poderá denunciar pelo WhatsApp da CNA (61) 99834-7773 ou preencher o formulário, com dados da denúncia e da propriedade serão mantidos em sigilo, pelo site http://www.cnabrasil.org.br/webform/denuncie