O Ministério da Saúde conduz estudo sobre o controle da leishmaniose usando Corumbá como um dos pontos de concentração dessa pesquisa. O município sul-matogrossense já teve registro de casos, inclusive em 2019 houve a morte de um bebê de 7 meses.
A leishmaniose visceral é uma doença com notificação compulsória que atinge os cães e há o risco de transmissão para os seres humanos. Em Corumbá, os bairros Jardim dos Estados e Popular Nova foram selecionados para a etapa de estudos do Ministério da Saúde para ser verificado o índice de infestação do transmissor, que é os flebótomos.
“O estudo é dividido em três etapas, instalação de armadilhas, borrifação e encoleiramento. As ações ocorrem nos bairros com maior índices de casos, que é Jardim dos Estados o e no bairro vizinho, o Popular Nova”, explicou o secretário municipal de Saúde de Corumbá, Rogério Leite.
Essas armadilhas já foram colocadas em residências para a coleta dos transmissores, que passaram por análise. “No momento, estamos colocando as armadilhas montadas por três dias em cada residência, sendo que montamos no final do dia e retiramos os mosquitos capturados no início da manhã, após triagem, as fêmeas são levadas para análise, já que são as transmissoras da doença”, detalhou o gerente técnico de Controle de Leishmaniose, da Secretaria Estadual de Saúde, Gilmar Cipriano Ribeiro.
Os cães nesses bairros também serão alvo da pesquisa. Os animais localizados, a partir dos 3 meses, passaram por testagem e, depois serão encoleirados para que ocorra o monitoramento deles. A pesquisa vai analisar o comportamento do transmissor da doença nos dois bairros de Corumbá e contribuir com futuras medidas de combate à doença.
Esses animais identificados no estudo passarão por avaliação semestral por equipe técnica da Prefeitura de Corumbá, que atua na área de controle de vetores.
Uma das medidas de prevenção contra a doença é a manutenção de áreas nas casas e nos terrenos baldios sem depósito de água parada e sujeira. Os quintais devem estar sem restos de folhas, frutas e restos de comida, além de lixo orgânico. O chamado mosquito palha, transmissor, reproduz-se em locais sombreados e úmidos.