Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada nessa semana, mostra que 68% dos 4.341 quilômetrosde rodovias em Mato Grosso do Sul são considerados de regular a péssimo, sendo que 3.876 quilômetros são de rodovias federais e 465 quilômetros estaduais. Apenas 31,2% de quilômetros de rodovia foram classificados como ótimo e bom.
Três Lagoas
Pesquisa mostra que 68% das rodovias que cortam MS
Apenas 31,2% da extensão total das rodovias foram classificados como ótimas e boas
De acordo com o levantamento, 51% do pavimento dos 4.341 quilômetros de rodovias, estão classificados como ótimo e bom, enquanto que 49% são considerados ruim e péssimo.A sinalização das rodovias em Mato Grosso do Sul é considerada ruim e péssima na proporção de 71,5%, enquanto que 28,5% estão em condições de ótimo e bom. Por classificação da geometria, 83,7% da extensão total das rodovias de Mato Grosso do Sul estão em condições rotuladas de ruim e péssimo e 16,3% em ótimo e bom.
Na classificação geral, analisando apenas as rodovias estaduais, que representam apenas 465 quilômetros da extensão total, 100% das estradas de competência do governo estadual, foram consideradas em condições de regular a péssimo. Já os 3.876 quilômetros de rodovias de competência do governo federal foram classificados da seguinte maneira: 65% de regular a péssimo e 35% ótimo e bom.
O principal problema nas rodovias que cortam Mato Grosso do Sul, mais precisamente nos 4.225 quilômetros, conforme a pesquisa é a existência de pista simples de mão dupla, o que corresponde a 98% do total de pavimento do Estado.
Nessa extensão avaliada, foi constatado que em 2.732 quilômetros, ou seja, em 65,5% o pavimento está desgastado e 15% apresentaremendos. Em 778 quilômetros a condição da superfície do pavimento foi considerada totalmente perfeita, o que equivalente a 18%.
Ainda, em 4.225 quilômetros de rodovias foi verificada o desgaste napintura de faixa, que equivale a 58,5% das rodovias, sendo que em 38,9% a pintura de faixa se apresenta visível, enquanto que em 2,6% inexiste faixa horizontal de sinalização na estarada.Em 2.309 quilômetros, que equivale a 53,4%, as placas existentes estão totalmente legíveis e em 46,3%, estão ilegíveis. A pesquisa mostra também ainexistência de mato cobrindo as placas nesses4.267 quilômetros de extensão das rodovias que cortam o Estado.
RODOVIAS TRÊS LAGOAS
Por rodovias analisadas, a pesquisa da CNT mostra que, na BR-262 numa extensão de 779 quilômetros no percurso de Três Lagoas até Corumbá, o estado geral, assim como do pavimento foram classificados como bom. Enquanto que a sinalização e geometria, regular. O trecho de Água Clara até Três Lagoas foi considerado regular.
Nos 359 quilômetros na BR-158 no trecho que liga Cassilândia a Bataguassu, a classificação geral foi considerada regular e o pavimento bom. E, a sinalização e geometria, regular.
Na BR-158, no trecho de Cassilândia, Paranaíba, Selvíria até Três Lagoas, a pesquisa classificou a situação da rodovia como regular. O trecho que liga Três Lagoas a Brasilândia e considerado bom. Mas o percurso entre Brasilândia e Bataguassú é considerado péssimo.
DNIT
O engenheiro do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT), Milton Rocha Marinho, concorda com algumas definições do levantamento da CNT, mas discorda de outros. Em relação a BR-158, ele disse que, em apenas 30 quilômetros, existem problemas, mas a maior parte da rodovia é considerada boa, principalmente no trecho compreendido entre Cassilândia até Três Lagoas.
O trecho que requer a criação de terceiras faixas, segundo Marinho, que compreende o percurso entre a empresa Fibria até Brasilândia tem geometria considerada ruim. Mas, depois de Brasilândia até Bataguassu, ele reconhece que a situação da rodovia realmente está muito ruim.
Quanto a BR-262, Marinho entende que o pavimento é bom, a sinalização é razoável e a geometria, não é tão ruim. Nesse último quesito, ele entende que os pontos críticos são referentes às curvas fechadas que existem no percurso. “Depois dessas curvas, a situação ruim nessa rodovia são as passagens de níveis, onde deveriam existir viadutos. Como a privatização dessa rodovia foi descartada, vamos apresentar novos projetos para que o governo federal construa cinco viadutos”, adiantou.