O presidente da Petrobras, Jean Paulo Prates, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participaram, nesta terça-feira (8 ), em Belém, de uma reunião com o presidente da Bolívia, Luis Arce, para demonstrar que o governo brasileiro está interessado em retomar parceiras com governos e empresas da região para fortalecer a integração e desenvolver a economia da América Latina. Um dos assuntos foi a ampliação do fornecimento de gás boliviano para o Brasil.
A ministra Simone Tebet lembrou que a Petrobras já manifestou, no seu plano de negócios que pretende retomar os investimentos na área de fertilizantes e também sinalizou que, entre os projetos, se encontra a conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN3), em Três Lagoas. “A conclusão desse investimento é importante não apenas para a economia da cidade e do Mato Grosso do Sul, mas para todo o agronegócio brasileiro e para a própria economia brasileira”, ponderou Tebet, lembrando que a ampliação da oferta de gás da Bolívia para o Brasil é importante para o pleno funcionamento dessa fábrica.
Na reunião com o presidente boliviano, o presidente da Petrobras reafirmou que o Brasil tem interesse no gás boliviano e em outras oportunidades de negócios com o país vizinho. Na reunião, o presidente da Petrobras e os dois ministros combinaram uma visita à Bolívia, que deve acontecer entre setembro e outubro, para dar andamento às discussões e ao interesse reafirmado no encontro de hoje, que aconteceu durante a Cúpula da Amazônia em Belém.
Na semana passada, o presidente da Petrobras disse que a estatal pretende terminar ainda neste mês estudo de viabilidade econômica para a retomada da unidade industrial de fertilizantes nitrogenados do Paraná (Ansa), o que deverá marcar a reentrada da companhia no segmento.
Em relação a UFN 3, a Petrobras informou que avalia no momento a possibilidade de retomar as obras, paralisadas em dezembro de 2014, após a estatal romper o contrato com o Consórcio UFN 3. Segundo o diretor executivo de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França, a companhia está avaliando cronograma e viabilidade econômica.
É uma fábrica mais moderna, com um rendimento de produção de ureia muito maior do que o das plantas atuais. Acreditamos muito no potencial de retomada das obras”, disse o diretor da Petrobras.