Uma ação da Polícia Federal resultou na apreensão de 300 quilos de maconha em Três Lagoas. A apreensão aconteceu por volta das 22 horas de terça-feira, durante uma operação de rotina no km 21 da BR-262, que liga Três Lagoas ao município de Água Clara.
Três Lagoas
PF apreende 300 kg de maconha em caminhão frigorífico
Parte da carga estava identificada com uma logomarca
Segundo informações da PF, a droga era transportada em um caminhão frigorífico, escondida em malas dentro do baú, em meio à carga de carne bovina. O veículo era conduzido por um homem de 32 anos, que teria demonstrado nervosismo durante a abordagem.
Aos policiais, o suspeito confessou que havia sido contratado para transportar a droga de Campo Grande a São Paulo, capital. Pelo serviço, ele alegou que receberia R$ 26 mil, valor, entretanto, questionado pela Polícia Federal. Conforme o delegado responsável pelo caso, esses valores negociados entre contrabandistas e transportadores são difíceis de serem provados. No depoimento, o acusado, cujo nome não foi fornecido pela polícia, informou que reside em Campo Grande. Para condicionar a droga no caminhão baú, ele teria deixado o veículo em um ponto pré-determinado, onde uma outra pessoa fez o carregamento e o devolveu pronto para seguir viagem.
MARCA
No entanto, foi a embalagem dos cerca de 300 tabletes apreendidos – cada tijolo pesa em torno de um quilo de maconha, que chamou a atenção dos policiais. Algumascontinham uma logomarca que trazia a inscrição “Ouro Verde”, a imagem de uma folha da maconha, a suposta origem “Produto del Paraguay” e a indicação de que era para “exportacion”. Essa identificação, informou a Polícia Federal, será investigada. Um dos primeiros passos a serem tomados será a perícia de amostras da droga, para saber se há algum tipo de alteração no produto. Além disso, a logomarca será repassada para a Polícia Federal de Campo Grande e também ao Departamento Nacional, em Brasília, onde há um setor de mapeamento do tráfico no país.
O delegado Pierre informou que, em Três Lagoas, até então, a PF não havia registrado a presença de maconha com essa identificação. “Esse procedimento [identificar a droga] é mais comum no tráfico de cocaína, em que os contrabandistas querem atestar a ‘qualidade’ do produto. Na maconha acontece, mas é mais raro. Agora, vamos investigar se se trata, realmente, da identificação de um fornecedor”, declarou.
Essa foi a segunda apreensão da Polícia Federal realizada nos últimos cinco dias, em Três Lagoas. A primeira aconteceu no início da noite de sábado, quando uma carreta foi apreendida com aproximadamente 530 quilos de maconha. Na ocasião, duas pessoas foram presas: o condutor da carreta, carregada de soja, e o motorista do carro usado como batedor.