A Polícia Federal cumpriu nesta terça-feira (6) mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul, nas cidades de Campo Grande e Jaraguari, e em São Paulo, na capital e em São José do Rio Preto, na operação chamada La Famiglia. Essa operação faz parte das investigações sobre a atuação do narcotraficante internacional, o ex-major da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Sérgio Roberto de Carvalho, de 64 anos, preso recentemente na Hungria.
Carvalho é conhecido na Europa como o “Escobar brasileiro”, em uma referência ao traficante e narcoterrorista colombiano Pablo Escobar, que montou o Cartel de Medellin e monopolizou o envio de cocaína para os Estados Unidos na década de 70, se tornando um dos homens mais ricos e temidos do mundo nos anos seguintes, sendo "caçado" pela polícia norte-americana.
A operação de hoje, comandada pela Polícia Federal do Paraná, foi para desarticular a estrutura de lavagem de dinheiro que seria formada por familiares ligados ao ex-major Carvalho. Além de casas e veículos, a Justiça determinou o sequestro de fazendas, bens que teriam sido adquiridos com dinheiro do tráfico internacional de drogas.
O ex-major foi preso em junho, em um hotel em Budapeste, capital da Hungria, numa operação da Interpol junto com a Polícia Federal brasileira. O ex-policial militar é apontado como o eixo de várias organizações criminosas por ter conseguido introduzir cocaína na Europa, Ásia e África. A defesa dele tenta evitar a extradição alegando que, no Brasil ele não teria garantia de vida.
Ao menos outros dois países, Espanha e Portugal, reclamam a extradição de Sérgio Roberto de Carvalho para responder pelos crimes praticados em terras estrangeiras.