Somente em Três Lagoas, 22 pessoas foram presas preventivamente e seis temporariamente, durante a Operação Arqueus, deflagrada pela Polícia Federal da cidade, nesta semana.
Todos são suspeitos de liderar uma organização criminosa especializada em tráfico de drogas e teria movimentado mais de R$150 milhões, em 14 meses. Três Lagoas é considerada “corredor do tráfico”, onde chefes de cartéis de drogas distribuem entorpecentes para São Paulo e Paraná. De acordo com a Polícia Federal, em razão do tamanho e da abrangência territorial da operação, não é possível apresentar um balanço final, até por que, as investigações continuam.
Durante a operação foram cumpridos 63 mandados de busca e apreensão. Dos sete mandados de prisão temporária, seis foram cumpridos, e os indiciados foram liberados e irão responder em liberdade. Ainda de acordo com as informações da PF, foram confiscados 13 imóveis e bloqueados judicialmente contas bancárias de 33 pessoas físicas e jurídicas. Entre os bens confiscados estão uma fazenda em Água Clara, uma casa de veraneio às margens do rio Sucuriú, em Três Lagoas, propriedades avaliadas em mais de R$ 4 milhões.
ROTA DO TRÁFICO
As investigações iniciaram em março de 2020, quando o grupo criminoso, liderado por dois moradores de Três Lagoas, foi descoberto. Segundo a PF, eles adquiriam a droga em Ponta Porã e coordenavam à distância, todo transporte, a qual era armazenada em Campo Grande. Depois, seguia para Três Lagoas, de onde era distribuída para cidades do interior, litoral paulista e para grande São Paulo e Paraná.