A Polícia Federal, em conjunto com a Receita Federal e a Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal,deflagrou na manhã ddesta segunda-feira, dia 17, a Operação Delivery. A ação desarticulou uma organização criminosa que contrabandeava carretas carregadas com cigarros de origem paraguaia, pelas fronteiras do Paraná e as transportava até a capital de São Paulo, passando pelo Mato Grosso do Sul. As investigações se iniciaram há uma ano.
Segundo a PF, dos 31 mandados de prisão, 21 foram cumpridos. Entre os detidos, está um policial rodoviário federal de Londrina, e outro de Guaíra. Outro policial ainda está sendo procurado. Os agentes eram responsáveis por auxiliar o grupo a burlar a fiscalização nas rodovias.
Ainda conforme a PF, o Paraná foi o estado com o maior número de suspeitos detidos: 15. Em São Paulo foram quatro e no Mato Grosso do Sul duas prisões foram realizadas. Todos os 35 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Guaíra. A polícia apreendeu no Paraná e em São Paulo, cinco armas, quase R$ 100 mil, carros de luxo e motocicletas, segundo o delegado. A operação continua, 10 pessoas ainda devem ser presas, oito no Paraná e duas em São Paulo.
Segundo as investigações que foram realizadas por mais de um ano, o grupo entrava com os carregamentos pelo Paraná e Mato Grosso do Sul, onde as carretas lotadas de cigarros seguiam para São Paulo. Na capital paulista, as cargas eram divididas e vendidas no varejo. Neste período, 37 pessoas foram presas, 65 carretas e caminhões foram apreendidos e mais de 24 mil caixas de cigarros – o equivalente a 12 milhões de maços –foram tirados de circulação. A polícia estima que o prejuízo com o não pagamento de tributos passe de R$ 104 milhões.
Ainda de acordo com a PF, o chefe da quadrilha mora em São Paulo e já havia sido preso em 2010 por contrabando. Participam da Operação Delivery cerca de 150 policiais federais, 12 fiscais da Receita Federal (RF) e quatro membros da Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal (PRF).