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Três Lagoas

PF realizam reunião com presidente do sindicato

Certo seria leiloar estes produtos apreendidos e reverter o valor recebido, para melhoria na estrutura da PF

Policiais deverão cruzar os braços no dia 25 deste mês -
Policiais deverão cruzar os braços no dia 25 deste mês -

Os policiais federais de Três Lagoas participaram, na tarde de ontem, de uma reunião com membros da diretoria do Sindicato dos Policiais Federais do Mato Grosso do Sul. O encontro teve como objetivoapresentar para o presidente do órgão, as principais dificuldades dos agentes em Três Lagoas e definir detalhes sobre as próximas paralisações. 

O presidente do sindicato, Jorge Caldas, aproveitou a presença da imprensa, para explicar os principais objetivos das manifestações que estão ocorrendo em todo o país. “São várias as razões que levaram os policiais federais a reivindicarem melhorias. Uma delas é a necessidade de se valorizar os cargos de agentes, escrivães e papiloscopistas que tem nível superior de ensino e que são remunerados como de nível médio, isso não pode continuar. Sem falar dos rendimentos salarias que estão defasados”, enfatizou Caldas.
 
O presidente também destacou que, no caso de Três Lagoas, a Polícia Federal precisa de mais estrutura. “Desta forma é difícil trabalhar, veja como está à parte externa do prédio, cheia de caminhões apreendidos em operações, e que não tem um lugar adequado para ficar, isso prejudica o trabalho. O certo seria leiloar estes produtos apreendidos e reverter o valor recebido, para melhoria na estrutura da PF. Outra coisa que deve ser destacada é o baixo número de agentes, Três Lagoas é uma cidade que fica na divisa de estado o contingente deveria ser maior”, afirmou Jorge. 
 
Durante a reunião, o agente Victor Figueiredo que tem quase 20 anos como policial federal, apontou as principais dificuldades que eles enfrentam na região de Três Lagoas e também falou sobre a forma com que se dará a participação deles nas próximas paralisações, previstas para ocorrem nos dias 25 e 26 deste mês. “Nós precisamos organizar melhor isso até mesmo para não comprometer o trabalho dos agentes e a questão de passaportes e outros serviços. Em algumas regiões, trabalham apenas 30% do efetivo, mas por aqui não dá pra ser assim, essa quantidade seria muito pequena e iria comprometer até mesmo a segurança dos policiais”, disse Figueiredo.  
 
Sobre a interrupção dos trabalhos, o presidente do sindicato afirmou que a área investigativa será sim comprometida. “A partir do momento que o policial para, o prejuízo já acontece de imediato, nosso efetivo é pequeno, não tem como não prejudicar, mas temos que reivindicar melhorias, pois nosso trabalho já é prejudicado e já faz muito tempo. Esse modelo de segurança pública falido precisa ser discutido e revisado, com todas as instituições e toda sociedade brasileira, porque de modo geral, a população não suporta mais a situação que a segurança do país se encontra”, finalizou.