Apesar da queda no número de casos de dengue, em Três Lagoas, a incidência da doença na cidade ainda é preocupante para o setor da Saúde. O último boletim epidemiológico da pasta aponta que 65 moradores foram diagnosticados com a doença ao passo que, no mês de maio, por exemplo, a quantidade era superior a 100. O dado ainda é elevado mesmo com a nova estação, o Inverno, que é um período quando a incidência, segundo o setor de Endemias, tende a ficar baixa pelo volume de chuva reduzido, impedindo a proliferação do mosquito Aedes aegypti.
Três Lagoas é uma cidade endêmica e, principalmente, no Verão, a região sofre com surto de dengue. Para tentar conter o avanço da doença, foi elaborado o Plano de Contingência Arbovirose, que promove ações para o enfrentamento de doenças relacionadas. Ele já foi aprovado pelo Comitê Municipal de Mobilização e Combate ao Aedes aegypti e no documento consta a preparação antecipada de ações para o combate de epidemias. As arboviroses são doenças causadas por vírus transmitidos, principalmente, por mosquitos. Os mais comuns em ambientes urbanos são a dengue, zika e chikungunya, sendo todos pelo mosquito Aedes.
No primeiro semestre deste ano, seis moradores morreram vítimas de dengue. Até o momento, nove casos de chikungunya e três de zika foram confirmados, na cidade. O plano de contingência foi dividido em três fases, sendo a primeira de orientação e preventiva. Depois, de ações praticas e, por último, de alinhamento a outros setores. “Na prática vamos acompanhar a evolução das doenças e aplicar as medidas de combate. Hoje já realizamos muitas ações, como educativas, de prevenção. Nesse momento, com o mapeamento da incidência estamos aplicando inseticidas nos quintais, nas residências onde foram registrados casos positivos de dengue. E, com isso, buscamos evitar um possível novo surto da doença”, explicou o coordenador de Endemias, Alcides Ferreira.