Quarenta e um aparelhos celulares, que estavam em posse de internos doa Colônia Penal Industrial “Paracelso de Lima Vieira Jesus”, foram apreendidos pela Polícia Militar de Três Lagoas em uma operação pente-fino, realizada na manhã de ontem.
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A ação, iniciada por volta das 6h e se estendida durante boa parte da manhã, contou com a participação de aproximadamente quinze policiais militares, segundo informou o subcomandante do 2º Batalhão da Polícia Militar, major Élcio Almeida.
Além dos celulares, ainda foram apreendidos na unidade penal 22 papelotes de crack, 11 trouxinhas e mais dois tabletes pequenos de maconha e uma balança de precisão.
Boa parte do material, porém, estava no pátio da unidade.
“Assim que perceberam a chegada da PM, muitos internos, numa tentativa de se eximirem de culpa e fugir do flagrante, arremessaram os seus celulares no pátio da unidade.
Entretanto, alguns outros foram apreendidos nas celas”, completou o subcomandante.
De acordo com o oficial, em três celas foram feitas apreensões de drogas e celulares por policiais que participaram da ação. Mas, nenhum preso chegou a ser identificado e levado para a delegacia pela pose de drogas e telefones. A investigação sobre quem seria o dono dos materiais apreendidos, explicou o major, será feita internamente, pela própria unidade penal. “Caso não seja identificado um dono, é possível que todos naquela cela respondam disciplinarmente”, lembrou.
Não foram apreendidas nesta operação armas do tipo artesanal.
VOLUME
Para o subcomandante, essa pode ser sido uma das maiores apreensões de celulares realizadas pela polícia em unidades penais de Três Lagoas. O último pente-fino havia acontecido em julho deste ano, na Penitenciária de Segurança Média, e resultou na apreensão de quatro quilos de maconha, 8,8 gramas de cocaína, sete aparelhos celulares e carregadores. Na época, a ação contou com a participação de 21 policiais militares.
Já na Colônia Penal, a última operação havia ocorrido em maio, quando foram apreendidos 60 papelotes de cocaína, 31 trouxinhas de maconha, nove aparelhos celulares e 50 quilos de cobre, que haviam sido furtados da indústria que implantou uma oficina dentro da unidade penal.
“Realmente, a quantidade de celulares apreendidos nesta operação superou as expectativas. Acredito que a mudança na estratégia da operação tenha influenciado. Ao invés de darmos início à operação em uma sexta-feira, realizamos na segunda, após as visitas do fim de semana, que é quando muitas coisas são levadas para o interior dos presídios”, completou.
A operação coordenada pela Polícia Militar atendeu a um pedido da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e, segundo o maior Élcio, deverá ser repetida sempre que houver necessidade, detectada tanto pela Agepen como pela Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
