As obras de desativação do Poço do Palmito, em Três Lagoas ainda não foram concluídas. A previsão é de que esse serviço fosse finalizado no final do ano passado, mas técnicos da Petrobras e da empresa que executa o tamponamento, se depararam com uma situação que eles não esperavam, segundo informou o gerente da Sanesul, Álvaro Ricardo Calábria.
Entretanto, ele não soube precisar o motivo exato que culminado com o atraso para o tamponamento definitivo do Poço do Palmito. O processo para o fechamento do poço é complexo, tanto que foi necessária a execução de um serviço de terraplanagem para adequação e colocação de estrutura de base para apoio da sonda, maquinário difícil de ser encontrado no Brasil e necessário para determinados serviços.
Desde abril deste ano, o Poço do Palmito deixou de abastecer alguns bairros da cidade. Mas, o início do tamponamento se deu a partir de agosto. A desativação do poço, além de ser uma antiga solicitação da população devido às condições da água- salobra- também é um dos compromissos assumidos pela Sanesul com Três Lagoas através da renovação do contrato de concessão.
A água extraída do Poço do Palmito, apesar de potável, é quente, o que não agradava boa parte dos moradores. Por ser um poço com cerca de cinco mil metros de profundidade, a temperatura da água era elevada, em torno de 50°C.O Poço do Palmito foi perfurado em 1.964 pela Petrobrás para prospecção de petróleo em Três Lagoas. No entanto, o poço foi aproveitado para abastecer as residências com água que há anos era distribuída pela Sanesul para vários bairros.
A desativação do poço do Palmito só está sendo possível devido à sua substituição por um novo poço (TLG-034) com capacidade de vazão de 180 a 200 m³ por hora, além das interligações da rede nova com a rede já existente.