A Polícia Civil deflagrou, nesta sexta-feira (21), a terceira fase da “Operação Mão de Ferro”, em Três Lagoas, com objetivo de combater crimes de furto e receptação de fios de cobre e de alumínio. Também para fiscalizar o funcionamento dos estabelecimentos comerciais da cidade. Foram apreendidos mais de 330 kg de fios de cobre e de alumínio, sem origem lícita comprovada, avaliados em R$ 15 mil. Quatro proprietários de estabelecimentos comerciais foram levados para a delegacia.
A operação ocorreu nos bairros Jardim Guanabara, Jardim Capilé, Parque São Carlos, Jardim Eldorado e Vila Haro. De acordo com a polícia, em um dos pontos fiscalizados foram encontrados 200 kg de fios metálicos. Os proprietários dos locais foram encaminhados para a delegacia e prestaram depoimento. Todos poderão ser processados pelo crime de receptação, segundo o delegado Ricardo Cavagna, titular da Seção de Investigação Geral (SIG).
Quatro pontos comerciais não tinham registro formal junto à prefeitura e os proprietários foram notificados. Eles poderão ser responsabilizados pela contravenção penal de exercício irregular de atividade.
Outro foco da operação foi o caráter pedagógico, no sentido de orientação aos proprietários sobre as consequências do descumprimento dos dispositivos legais referentes a aquisição e comercialização de fios metálicos e outros materiais.
Participaram da operação 17 policiais civis da SIG, da Depac, da 1ª e da 3ª Delegacia, com seis viaturas policiais no total. A ação contou ainda com o apoio de quatro agentes da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, para a fiscalização da regularidade do funcionamento dos locais, e três agentes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
A polícia informou que serão instaurados procedimentos investigativos para identificar os autores dos furtos dos fios apreendidos e o caso será conduzido pela 3ª Delegacia de Polícia de Três Lagoas.
A Polícia Civil ainda faz alerta aos proprietários de estabelecimentos que comercializam materiais recicláveis de que a aquisição, não só de fios metálicos como de qualquer outro material sem origem lícita comprovada, pode caracterizar crime de receptação, com penas que variam de um a oito anos de prisão.
Outro ponto esclarecido pelos equipes policiais é a existência da Lei Municipal nº 3791/2021, a qual proíbe a comercialização de cobre, alumínio e similares sem origem comprovada, sendo que na sua inobservância, os responsáveis legais pelo estabelecimento poderão sofrer a aplicação das sanções cabíveis.