A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que outros detentos auxiliaram a fuga de quatro presos do presídio de segurança média de Três Lagoas. O delegado da Segunda DP, Marcílio Leite, assumiu nesta semana a investigação do ocorrido na segunda-feira (4).
Segundo ele, a fuga pode ter sido planejada com bastante antecedência. Todos os fugitivos tinham ligações com uma facção criminosa e cumpriam pena por diversos crimes. “Eles podem ter usado uma serra para serrar as grades da cela, porém nós não encontramos a ferramenta dentro da unidade”, disse.
RECONSTITUIÇÃO
A fuga aconteceu por volta das 4h da manhã de segunda-feira, os quatro fugitivos cumpriam pena no pavilhão 3, na cela 14. Após abrirem espaço em uma das grades, os detentos conseguiram ter acesso à área externa cortando um alambrado e posteriormente pulando um segundo alambrado.
Após conseguir sair do pavilhão, os criminosos cavaram um buraco para atravessar o muro da penitenciária e até o momento se encontram foragidos. Policiais militares que faziam a guarda do presídio chegaram avistar os criminosos durante a fuga e fizeram disparos de advertência, mas, mesmo assim, os presos não se intimidaram e continuaram a correr.
“Eles provavelmente já se separaram, cada um tomando seu rumo. Mas, acreditamos que eles ainda estão em Três Lagoas”, comenta o delegado. Com as medidas de distanciamento social, em razão da pandemia do novo coronavírus, fica mais difícil sair do Estado em direção a São Paulo.
Após a fuga, a Polícia Militar montou uma operação de busca pelas matas no entorno do presídio, mas ninguém foi encontrado e o setor de inteligência da PM levantou todas as informações para auxiliar nas buscas no perímetro urbano e nas barreiras policiais de Mato Grosso de Sul, São Paulo, Paraná, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso.
O delegado Marcílio Leite não descarta a possibilidade de um dos indivíduos ter tentado fugir para o interior paulista, e ressalta a importância da participação da sociedade denunciando, de forma anônima, para a Segunda Delegacia de Polícia Civil no telefone (67) 3919 2800, e para a PM, no telefone 190, pistas sobre o paradeiro dos criminosos.