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Policiais penais acusados de corrupção são ouvidos pela justiça na Capital

Operação La Catedral prendeu cinco acusados de garantir regalias a detentos no presídio de Ponta Porã

Dinheiro apreendido no dia da operação dentro da unidade prisional - Divulgação
Dinheiro apreendido no dia da operação dentro da unidade prisional - Divulgação

Os cinco policiais penais acusados de vários crimes no presídio Ricardo Brandão, em Ponta Porã, unidade penal masculina, estão presos na Capital, onde prestarão depoimento à Justiça. O Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) já ouviu 10 testemunhas relacionadas às apurações das irregularidades. Os cinco policiais penais foram presos por garantirem regalias aos detentos, sendo enquadrados em, ao menos, 19 crimes.

Conforme a delegada Ana Cláudia Medina, as 10 testemunhas ouvidas são servidores lotados no presídio. As prisões temporárias dos policiais penais foram prorrogadas por mais 5 dias. Permanecem presos Carlos Eduardo Lhopi Jardim, ex-diretor da unidade prisional, João Xavier Martins Neto, Justo Aquino Navarro, Luiz Carlos Soto e Maicom Thomaz Corrêa de Alencar.

A fuga de dois presos também é investigada, sob suspeita de participação dos agentes, mediante recebimento de propina.

A polícia identificou a facilitação na entrada de celulares, bebidas, carne, drogas, além de uso para fins particulares de serviços prestados no presídio pelos internos.

Também foram encontradas celas especiais com móveis planejados, chuveiro elétrico, alimentação diferenciada, entre outras regalias que não passavam por vistoria. O nome da operação, La Catedral, faz referência à penitenciária ‘construída’ na Colômbia por Pablo Escobar, para que cumprisse pena com luxos e regalias.