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Tráfico

Policial preso em megaoperação é transferido para a Penitenciária Militar de Campo Grande

Na casa do PM foram apreendidos comprimidos de esctasy, pistola e munição

Na casa do PM foram apreendidos comprimidos de esctasy
Na casa do PM foram apreendidos comprimidos de esctasy

Um policial militar foi preso durante a megaoperação, denominada “Hades” e foi transferido para o Presídio Militar de Campo Grande, ontem, na sexta-feira (2). Ele é suspeito de envolvimento com duas organizações criminosas envolvidas em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. O cabo, de 35 anos, atua no Pelotão de Brasilândia e foi preso no local de trabalho, na quinta-feira (1º), durante cumprimento de mandado expedido pela Justiça.

Em Três Lagoas, outro suspeito foi preso, no bairro Jardim Progresso, suspeito de comercializar entorpecentes na região. A operação foi deflagrada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública de Alagoas (SSP/AL) e, em Mato Grosso do Sul, coordenada pelo Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco).

A Polícia Militar foi até a residência do policial e encontrou 89 comprimidos de ecstasy, substância análoga ao crack, uma pistola e munições. De acordo com as investigações, as organizações criminosas atuavam em Alagoas e outros 16 estados do Brasil. Foram expedidos 79 mandados de prisão e 228 de busca e apreensão em vários estados. Em Mato Grosso do Sul, foram cumpridos 36 mandados, resultando na prisão de 15 pessoas e na apreensão de veículos, armas, joias, dinheiro em espécie e drogas. Além de Três Lagoas, os mandados foram cumpridos em Ponta Porã, Paranhos, Fátima do Sul, Ladário, Jardim , Corumbá e Campo Grande.

Investigações

As investigações identificaram dois casais, um deles alagoano e outro paraense, que eram responsáveis pelo tráfico de drogas em larga escala no estado de Alagoas. A partir disso, o trabalho conseguiu identificar ramificações nos 17 estados alvos da operação. Foi possível identificar também os criminosos que atuavam na origem do tráfico como fornecedores e as pessoas que atuavam como fornecedores de drogas para os líderes das duas organizações.

Também ficou constatado ao longo da investigação que os fornecedores dessas drogas que abasteciam o mercado alagoano eram do estado de São Paulo. Eles recebiam as drogas de Mato Grosso do Sul, estado que faz fronteira com Paraguai e Bolívia, que são grandes produtores de drogas.

Vida de luxo 

A investigação conseguiu detectar que os dois grupos utilizavam esquemas de lavagem de capitais, com a utilização de empresas de vários segmentos, como peixarias, aluguel de veículos, manutenção de automotores, depósitos de bebidas, transportes de cargas, dentre outras. Além disso, ficou comprovado o uso frequente de contas bancárias de pessoas próximas e outras identificadas como laranjas, a fim de movimentar grandes quantias de dinheiro de forma ilegal.

Nesse contexto, foram verificadas movimentações financeiras de mais de R$300 milhões de reais em contas bancárias, que foram analisadas ao longo da investigação. Muitos dos membros das duas organizações criminosas investigadas ostentavam um elevado padrão de vida, com viagens e também utilizavam veículos e outros bens de luxo, além de possuírem residências e apartamentos em condomínios de alto padrão. 
Boa parte dos alvos da operação possui antecedentes criminais. Muitos deles têm processos em aberto na Justiça Federal. Alguns também têm mandados de prisão em aberto pela prática de outros crimes.