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Três Lagoas

Por falta de cuidados homens morrem mais que mulheres

Nos últimos quatro anos 2.389 pessoas morreram, destas 1.357 eram homens

Em média homens vivem sete anos menos que as mulheres -
Em média homens vivem sete anos menos que as mulheres -

O descuido com a própria saúde tem trazido reflexos na mortalidade de homens em todo o País. Em Três Lagoas, assim como boa parte dos municípios brasileiros, a realidade se repete e o Município segue no ranking onde homens morrem mais que mulheres. Somente nos últimos quatro anos, foram 325 óbitos a mais. Em agosto do ano passado o Ministério da Saúde lançou uma a Campanha de Política Nacional de Saúde do Homem, com o objetivo de facilitar e ampliar o acesso da população masculina aos serviços de saúde.

Dados do Ministério da Saúde afirmam que a cada três mortes de pessoas adultas, duas são de homens. Eles vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres e têm mais doenças do coração, câncer, diabetes, colesterol e pressão arterial mais elevadas.

De 2006 a dezembro de 2009, morreram em Três Lagoas (mortes relacionados a doenças) 2.389 pessoas, destas 1.357 eram homens e 1.032 mulheres; o número revela a morte de 325 homens a mais.

De acordo com a diretora de Saúde Coletiva, Angélica Manteiga, a maioria dos homens só procuram atendimentos quando a doença se agrava. “O homem sempre foi resistente a dar segmento a tratamentos de saúde. O Ministério da Saúde desenvolveu essa campanha especialmente voltada a Política de Saúde masculina. Muitas doenças poderiam ter sido evitadas e retardas, mas os hábitos culturais de não procurar por tratamento faz com que os homens aumentem os índices de mortalidade”.

Nos últimos quatro anos, 169 homens morreram de neoplasia (câncer), 144 (tumores) e 25 (neoplasia maligna de próstata). Doenças ligadas ao aparelho circulatório foram responsáveis pela óbito de 440, além de causas externas de morbidade e mortalidade (232). Integram o quadro doenças infecciosas e parasitarias, transtornos mentais e comportamentais.

Angélica acredita que esse índice não seja tão elevado quando se refere às mulheres. “A mulher é mais ligada á saúde. Qualquer sinal a leva para uma consulta médica. Elas têm uma rotina de exames, diferente do homem que enfrenta resistência, mesmo estando doente”, enfatizou.


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