O preço médio da carne bovina está entre 10 e 15% mais caro em Três Lagoas. Segundo Leandro Thomé, empresário e dono de um supermercado, o motivo da alta seria o período de estiagem que teve início em agosto, seguido das geadas, que causou a baixa na oferta nas cabeças de gado. “Com a queima das pastagens, por conta da geada e a falta de chuva, o gado perde alimento e causa essa baixa na oferta, o que consequentemente eleva o preço. Porém a expectativa é positiva para novembro e dezembro, já que agora tem início a época das chuvas.
Com isso, há a melhora das pastagens e aumento de oferta.
Os consumidores poderão usufruir de um bom churrasco nas festas de final de ano”, aponta.
Para não perder em vendas, empresários apostam nas ofertas como estratégias e não perder a clientela. Peças e cortes são selecionados para cada semana específica do mês e assim, o consumidor ter a oportunidade de não sentir o alto preço no bolso. “É uma maneira do cliente não deixar de consumir o produto e nós empresários não perder de vender”, diz Thomé. Outraopçãode baixo custo para o consumidor são as carnes de frango e suíno. O motivo e pelos recordes que o Brasil deverá colher na nova safra de grãos e oleaginosas na temporada 2013/14, de cerca de 190 milhões de toneladas, de acordo com avaliação preliminar de diretores do Ministério da Agricultura. Esta colheita inclui o milho, matéria prima fundamental para a fabricação da ração destas culturas, o que torna a produção de grande oferta. “Com a boa safra do milho, a carne de frango e suíno já está com bons preços – uma boa alternativa para o consumidor.”
Daniela Wissman, além de ser consumidora também é produtora rural. Como pecuarista, o preço da carne não afeta o orçamento de sua família, pois a carne sai de sua própria produção. Porém, ela afirma que para os consumidores em geral, o preço tem aumentado e isso a até deixa em alerta. “Sempre que estou em filas de supermercados vejo que as pessoas têm comprado cada vez mais em pequenas porções. Creio que faltam estratégias políticas de incentivo, os planos de produção estão altos e em desequilíbrio com o custo de produção e a venda do produto. A lucratividade está cada vez menor”, aponta.
Especialistas em economia apontam que o bom consumidor mesmo é aquele está sempre à procura de uma boa promoção e ofertas. Este é o caso de Nair Silva, técnica de saúde bucal. Adepta das promoções, ela diz não sentir muito as oscilações de preços. “Para mim todos os tipos de carne sempre estão caras, independentemente de épocas do ano. Então como estou sempre a procura dos preços baixos e promoções eu não sinto muito no bolso. Procuro sempre manter essa observação”, recomenda.
A mesma iniciativa é seguida por Osmarina Moraes da Silva, auxiliar de cozinha. Além de trabalhar no setor alimentício e, obrigatoriamente, acompanhar preços de carnes por conta da profissão, em sua casa mora o marido, três filhos, três netos, o genro e a nora. Com a família grande, ela diz ser, além de seletiva com questão de qualidade, pesquisadora dos bons preços. “Costumo pesquisar bastante.Com uma família desse tamanho, o gosto é variado então é preciso checar todos os itens e consequentemente os preços. Geralmente os meses de setembro e outubro a qualidade do churrasco cai lá em casa. O preço sobre bastante e é preciso comprar carnes de cortes inferiores. Nesses meses, geralmente se os churrascos são para amigos, ele podem ir sem esperar a costela”, diverte-se.