Já era esperado o aumento de preços do frango, leite e suínos após a greve dos caminhoneiros, a posição foi confirmada esta semana pelo CEPEA/Esalq – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (USP), que fica em Piracicaba/SP.
A carne de frango aumentou no atacado; no produto congelado o aumento foi de 44,48% e o resfriado 32,52%. Já no suíno a variação foi de 11,84%. As altas foram verificadas entre o dia 1º ao dia 11 de junho.
Os reflexos da paralização também chegaram ao leite que em abril tinha o litro pago ao produtor a R$ 1,15. O preço subiu em maio para R$1,25 registrando alta de 8,38%.
Embora essas altas foram verificadas no atacado, no caso das aves e suínos e no valor pago ao produtor de leite, devem alcançar os consumidores assim que os custos forem repassados pelos supermercados nos próximos dias.
A greve só intensificou o que já era previsto pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) que vinha alertando para a alta dos custos de produção por conta da elevação de preços do milho e da soja no mercado interno.
Aves e suínos – Esse cenário deve ainda permanecer por dois meses pelo fato de que os produtores devem recompor a produção afetada pela falta de ração e escoamento de produtos prejudicados durante a greve que durou onze dias no mês de maio.
Leite – Na entressafra o produto tende subir os preços pela menor produtividade e consequente menor oferta. Isso porque no inverno diminui a quantidade de pastagens disponíveis para os animais que também ingerem menos água. No entanto, a greve do transporte também limitou a distribuição do leite in natura que não chegou à indústria para envase e produção de produtos lácteos. A menor oferta irá afetar com aumento de preços.