Conforme antecipado na edição do último sábado do Jornal do Povo, e confirmado ontem, pela Secretaria Municipal de Saúde, dez farmácias que funcionavam nos postos de saúde de Três Lagoas serão fechadas. A partir do dia 2 de março, os medicamentos serão distribuídos em apenas seis farmácias.
Segundo o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Edson Aparecido de Queiroz, o fechamento dessas farmácias vai acarretar transtornos para a população que terá que deslocar da unidade em que foi atendida, próximo a sua casa, para pegar o medicamento em um posto mais distante.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a partir do dia 2 de março vão funcionar como polo de distribuição de medicamentos as farmácias dos postos de saúde dos seguintes bairros: Paranapungá, Vila Alegre, Santa Luzia, Parque São Carlos, JK- na clínica da Criança e no Centro de Especialidades Médicas (CEM). A farmácia do posto de saúde do Distrito de Arapuá também será mantida.
Serão fechadas as farmácias dos seguintes postos de saúde: Jupiá, Vila Piloto, Maristela, Vila Haro, Vila Nova, Interlagos, Santo André, Santa Rita e do Distrito de Garcia. Edson disse que essa decisão não foi discutida com o Conselho Municipal de Saúde. “ É mais uma vez a prefeita mostrando que não tem administração. Ela se reúne com o secretário de Finanças e tomam as decisões sem ouvir a população. A centralização na distribuição de medicamentos já foi feita em outra administração e não deu certo. Isso é sacrificara população que tem de sair do posto que ela consultou para pegar o medicamento em outra unidade de saúde mais distante de sua casa”, comentou o presidente do Conselho.
A Secretaria Municipal de Saúde, através de nota divulgada à imprensa, tratou o fechamento das farmácias como reestruturação e controle na distribuição de medicamentos.“Vários fatores implicaram nesta decisão, a primeira é a necessidade de um técnico nos locais de dispensação de medicamentos que possa auxiliar o paciente, distribuir o medicamento corretamente, além de prevenir desperdício de medicamentos”, declarou a secretária Municipal de Saúde, Eliane Brilhante.
Conforme confirmado pela própria secretária, o fechamento de algumas farmácias deve-se ao fato de um farmacêutico na unidade, conforme determina a legislação. Entretanto, o presidente do Conselho Municipal de Saúde questiona que, foi feito um concurso público, o e a prefeitura deveria ter oferecido um número de vagas necessário para a contratação de farmacêuticos. “Fechar farmácias é um retrocesso. Isso só mostra que Três Lagoas está sem administração. Esse concurso público que fizeram é uma piada, pois não vai resolver o problema da falta de funcionários na saúde”, acrescentou Edson.
Outro problema nesta área, segundo o presidente do Conselho Municipal de Saúde, é a falta de medicamentos nos postos de saúde. “Fecham farmácias e faltam medicamentos, é uma aberração o que está acontecendo em Três Lagoas”, declarou.
Ainda de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o novo sistema que será implantado vai descentralizar o fornecimento de medicamentos controlados, uma vez que não será disponibilizado apenas no CEM, mas nos seis postos em que as farmácias serão mantidas. “Foi uma decisão fundamentada em diversos estudos. O importante é que possamos atender a todos. São pontos estratégicos que irão abranger todos os bairros da cidade”, justificou a secretária de Saúde.