A administração municipal tem 90 dias para cumprir exigências ambientais relacionadas ao aterro sanitário em Paranaíba. Um acordo firmado com o Ministério Público tem como penalidade o bloqueio das verbas para a publicidade em órgãos de imprensa, promoção de festas públicas e patrocínios, cujos recursos deverão ser depositados em conta vinculada, até o limite do valor necessário à construção da Unidade de Tratamento de Resíduos Sólidos –UTR.
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul encaminhou manifestação ao Poder Executivo do município cobrando responsabilidades quanto à implantação da coleta seletiva, de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos. “Levamos um puxão de orelha do Ministério Público, mas chegamos a um acordo. Vamos fazer nossa parte e, agora, dependemos do cidadão paranaibense fazer sua parte separando o lixo”, disse o prefeito Maycol Queiroz.
Um dos maiores desafios para a implementação da coleta seletiva é a educação ambiental, visto que atualmente não existe a separação do lixo e as células do aterro enchem mais rápido. A célula construída na gestão anterior já está com a capacidade comprometida, e sem a devida separação no local previsto para aterro por cinco anos, mas como não suporta por três anos, será necessário a construção de novas células.
O aterro foi inaugurado em 2019 e uma segunda etapa estava prevista para destinação do lixo para uma usina de triagem. O município já possuiu uma usina de triagem, mas não se encontra devidamente licenciada junto ao órgão ambiental competente, e era administrada pela Coorepa, que recebe o auxílio da Prefeitura Municipal.
Conforme a Administração Municipal, campanha de conscientização deverá acontecer durante a realização da 59ª Expopar, quando serão utilizados telões para difundir mensagens educativas sobre as formas de separação de lixo orgânico e reciclável, com informações sobre os dias, horário e bairros onde serão coletados.
A rede de ensino também deverá ser utilizada para difundir informações e na volta às aulas no segundo semestre, serão intensificadas mensagens explicando as diferenças entre os resíduos úmido (não reciclável) e seco (reciclável) com alunos da rede pública e privada. Também deverá haver o fortalecimento da Cooperativa Recicla Paranaiba (Coorepa), formado por catadores de lixo da cidade; e aquisição de mais um caminhão para a coleta seletiva, assim como a contratados mais funcionários encarregados para serviço na cidade. Outro ponto que também discutido é o destino dos recicláveis coletados na cidade.
“Não vamos medir esforços para pedir apoio da população para a correta coleta seletiva de lixo e encontrar uma solução para o destino dos resíduos”, disse.